A Vida é Eterna
“Nós sabemos: quando a nossa morada terrestre, a nossa
tenda, for desfeita, recebemos de Deus uma habitação no céu, uma casa eterna
não construída por mãos humanas. Por isto, suspiramos neste nosso estado,
desejosos de revestir o nosso corpo celeste, e isso será possível se formos
encontrados vestidos, e não nus. Pois nós, que estamos nesta tenda, gememos
oprimidos: desejamos ser não despojados, mas revestidos com uma veste nova por
cima da outra, de modo que o que há de mortal em nós seja absorvido pela vida.
Aquele que nos formou para este destino é Deus, o qual nos deu a garantia do
Espírito. Por essa razão, estamos sempre cheios de confiança. Sabemos que
enquanto habitamos nesse corpo, estamos fora de casa, isto é, longe do Senhor,
pois caminhamos pela fé e não pela visão. Sim
estamos, repito cheios de confiança, e preferimos deixar a mansão deste corpo
para irmos morar junto do Senhor. É também por isso que, vivos ou mortos, nos
esforçamos por agradar-lhe.”
(2Corintios 5, 1-9)
Nesta passagem não é
preciso se esforçar muito para entender que para deixar esta tenda precisamos
morrer. E logo após revestiremos outra morada, cheios de confiança e ansiosos
por esta partida para morar junto do Senhor. Sabemos que, se vamos morar com
Cristo, é porque muitos já habitam esta casa celestial, ou então, o Senhor
estaria dormindo. Ansiosos para deixar este corpo, morrer, para ir morar junto
do Senhor. Quem iria querer a própria morte senão para algo maior? Vivos ou
mortos deve existir um esforço em agradar o Senhor. Então, os mortos para este
mundo, também se esforçam em agradar o Senhor.
“Um dos
malfeitores crucificados o insultava, dizendo: “Tu não és o Cristo? Salva-te a
ti mesmo e a nós!”Mas o outro o repreendeu: “Nem sequer temes a Deus, tu que
sofres a mesma pena?”Para nós, é justo sofrermos, pois estamos recebendo o que
merecemos; mas ele não fez nada de mal”. E acrescentou: “Jesus, lembra-te de
mim, quando começares a reinar”. Ele lhe respondeu: “Em verdade te digo: hoje
estarás comigo no Paraíso.” (Lucas 23, 39-43)
No trecho, Jesus garante a
São Dimas, o bom ladrão, que ainda naquele dia estariam juntos no céu. O
primeiro santo da Igreja reconhece seus pecados, arrependido clama a
misericórdia que vem em
imediato. Mais uma vez Nosso Senhor demonstra que a vida não
tem seu fim em um sono do corpo ou em um adormecer da alma. O corpo humano após
a morte permanece na terra, mas a alma volta-se para Deus. Assim diz o
Catecismo:
“A unidade da alma e do corpo é tão profunda que se deve considerar a
alma como a "forma" do corpo; ou seja, é graças à
alma espiritual que o corpo constituído de matéria é um corpo humano e vivo; o
espírito e a matéria no homem não são duas naturezas unidas, mas a união deles
forma uma única natureza.” 365 “A
Igreja ensina que cada alma espiritual é diretamente criada por Deus -
não é "produzida" pelos pais - e é imortal:
ela não perece quando da separação do corpo na morte e se unirá novamente
ao corpo na ressurreição final.” 366
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