Na leitura observamos
Nabuconosor, por orgulho, extrema vaidade e vingança, tramar uma guerra com o
fim de assolar a terra inteira. Podemos a partir daí traçar um paralelo com
Lúcifer (o demônio, Satanás), que foi lançado à terra – conforme vemos na
passagem de Ezequiel 28,14-17, ao qual atribuímos à sublevação e a queda de
Lúcifer e seus seguidores. Esses seres também por orgulho e prepotência, por
ousarem desafiar Deus, foram lançados à terra (Ap 12,7-9) e assola-nos com sua
maldade.
Vemos no livro de Judite que por uma
mulher, Judite, foi dada a vitória ao povo de Deus contra Holofernes e seu
exército. Assim como por uma mulher nos foi trazida a salvação, Jesus, que dos
braços de Maria aos braços da cruz nos apresentou, mostrou, apontou e ofereceu
o caminho, a verdade e a vida plena e abundante.
O Catecismo da Igreja Católica (CIC)
nos parágrafos 414-415 diz o seguinte: “Satanás
ou o diabo, bem como os demais demônios, são anjos decaídos por terem se
recusado livremente a servir a Deus e seu desígnio. Sua opção contra Deus é
definitiva. Eles tentam associar o homem à sua revolta contra Deus.
Constituído
por Deus em estado de justiça, o homem, instigado pelo maligno, desde o inicio
da história, abusou da própria liberdade. Levantou-se contra Deus, desejando
atingir seu objetivo fora Dele”.
Pedro, chefe da Igreja, o primeiro
pontífice, também nos adverte em I Pd 5,8 que o inimigo está em torno de nós,
nos ronda, nos observa esperando o momento oportuno para nos atacar... Contudo
não devemos ter medo do diabo, ele é forte, mas não pode com Deus, Ele tem
força, mas seu poder é limitado. Pela cruz e pelo sangue, pela ressurreição de
Jesus ele já está derrotado.
Além da humildade diante de Deus,
como resistir às investidas do inimigo contra nós? Não permitindo que o pecado
nos invada. Impedindo que o rancor e o ressentimento instalem-se em nosso
coração. Não nos deixando influenciar pelos contra-valores do mundo. Evitamos o
inimigo vivendo a Palavra de Deus, amando e perdoando; renunciando
verdadeiramente a todo mal, às falsas doutrinas, a toda obra do maligno. Se
vivermos uma vida de oração, em sintonia com Deus, certamente o inimigo não
tomará conta de nós. Ele poderá até mesmo nos assediar, nos tentar, nos
aborrecer e incomodar, e realmente o fará, porém nunca, nunca irá nos oprimir!
Jesus está conosco e com Jesus somos mais que vencedores.
Finalizando, voltemos ao catecismo: “No último pedido, mas livrai-nos do mal, o
cristão pede a Deus, com a Igreja, que manifeste a vitória, já alcançada por
Cristo sobre o Príncipe deste Mundo, sobre Satanás, o anjo que se opõe
pessoalmente à Deus e a seu plano de salvação”. (CIC # 2864 – citação sobre
o Pai Nosso).
Entreguemo-nos
de corpo e alma a Deus, para fugir dos tentáculos e das garras do maligno, que
assolam e influenciam o mundo.
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