Nossa proteção está no nome do Senhor que fez o céu e a
terra, diz o salmista em Sl 123,8. Quantos de nós colocamos nossa esperança,
contamos com a proteção e o socorro nas pessoas ou até mesmo em talismãs e
mandingas. Não queremos dizer com isso que não podemos nem devemos contar com o
auxilio – prestimoso – dos irmãos; é claro que sim. Mas acima de tudo contamos
com a benevolência divina para que esse auxilio seja eficaz. Não podemos
colocar única e exclusivamente nossa vida nas mãos de outros; somente nas mãos
do Senhor.
E quanto ao uso de medalhas e crucifixos? Se não forem
usados como amuletos, nada demais. Estes apetrechos podem ser naturalmente
usados como ornamento e/ou símbolos de fé. De modo especial o crucifixo, que
nos faz lembrar o sacrifício de amor que Jesus Cristo fez por cada ser humano,
por cada um de nós. Usados como amuletos ou talismãs no intuito de livrar de
males, de nada servirão; terão desvirtuado o seu uso, que repetindo, são sinais
de nossa fé, nada além disso,
Para nos proteger dos perigos deste mundo devemos ser
prudentes, cautelosos, evitar situações de risco. Contar com a proteção divina,
mas com os pés no chão, afinal não por Deus a prova, diz a Bíblia em Mt 4,7: “não tentarás o Senhor teu Deus”. Assim
disse Jesus ao ser interpelado pelo demônio, quando este lhe desafiou a saltar
do alto de uma torre, citando a Palavra em Sl 90,11-12: “Ele deu a seus anjos ordens a teu respeito; eles te protegerão com as
mãos, com cuidado para não machucares teus pés nalguma pedra.”
Podemos aqui relatar testemunhos diversos de ambas
circunstancias: gente que deliberadamente assumiu riscos contando com a
proteção divina, se julgando imune por conta disso e no fim descobriu da pior
forma possível que tentar a Deus não é uma boa coisa. Também há casos de gente
que involuntariamente colocou a vida em risco e com certeza, por ação de Deus,
contou com livramento de maneira prodigiosa. Daí podemos afirmar com toda
certeza, que nosso socorro, nossa proteção está em Deus criador de tudo e de
todos, no entanto, devemos fazer nossa parte. Afinal, não estamos imunes ao mal
só por sermos cristãos, em verdade somos imunes aos efeitos do mal, quando
confiamos em Deus e aceitamos seus desígnios.
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