O verdadeiro cristão não critica sem fundamentos. Não ataca gratuitamente; na verdade nem deve atacar, antes deve buscar o diálogo. Criticar sem base e atacar sem motivo é julgar e condenar. Isto é ser cristão?
Fazer da fé um cavalo de batalha investindo, não contra o inimigo espiritual e sim contra os próprios irmãos (mesmo os descrentes) é de certa forma aliar-se ao verdadeiro inimigo. A cizânia do demônio não é isso? Desagregar, provocar dissensões?
Não devemos simplesmente atacar o homem que pratica o mal, mas o mal que domina esse homem. Ser contra o pecado e a favor do pecador, acolhendo-o, eis a bandeira, o lema do verdadeiro cristão.
Agredir o pecador para extinguir o pecado é o mesmo que matar o doente para acabar com a doença. É a eutanásia espiritual.
Como cristãos verdadeiros (que temos Cristo Jesus no coração e não somente na cabeça) jamais devemos execrar o irmão pecador, o irmão diferente, o irmão adversário; sobretudo devemos ter misericórdia por esses irmãos, devemos rezar, interceder por eles, lutar contra o pecado, faze-los iguais, torná-los aliados para juntos lutarmos contra o inimigo comum: o príncipe do mundo.
O irmão supostamente cristão que se julga salvo simplesmente porque faz parte de determinada igreja ou crença, excluindo os demais, virando-lhes as costas ou agredindo-os somente por não comungarem de sua fé particular é verdadeiramente cristão?
O cristão, cristão mesmo, que tem Nosso Senhor no coração, que experimenta o Evangelho (não apenas conhece, porém participa, experimenta, vivencia) não se incomoda com a doutrina do irmão, mesmo que ligeiramente diferente da sua. Que importa se sou católico e meu vizinho evangélico? O que nos une é muito maior do que aparentemente nos separa. Devemos pôr em evidência o que temos em comum e deixar de lado as diferenças. A partilha, o respeito mútuo deve ser incentivado. Quanto às diferenças, deixemos que o Espírito Santo as administre, sua sabedoria é superior a tudo isso. Amém.
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