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ncontramos aí Paulo diante do grande conselho sendo
julgado; não que tivesse cometido algum crime, mas simplesmente porque
anunciava Jesus Cristo e a ressurreição. Paulo que fora o grande perseguidor de
Jesus e seus seguidores, tornara-se também cristão e de perseguidor passou a
perseguido. Devemos nós fazer como Paulo, não importando os obstáculos, nem
mesmo o sofrimento de sentir-se perseguido, devemos em qualquer circunstância
anunciar Jesus. Em outra passagem dos Atos dos Apóstolos vemos Pedro e João
felizes após serem libertados da prisão. A alegria deles porém não era em
função da liberdade, estavam contentes por haverem sido injuriados, afrontados
por pregarem a doutrina de Jesus. Pedro e João assumiram a bem aventurança, quando
Jesus disse no sermão da montanha que bem aventurados seriam aqueles que
sofressem perseguições por seu nome, pois grande seria a recompensa para esses
na eternidade. Disse também Jesus em Jo15,20: “O servo não é maior
que o senhor. Se me perseguiram, hão também de vos perseguir.”
A
perseguição que observamos aí ainda era pouco frente ao que viria, quando o
Império Romano deixasse de tolerar o cristianismo e praticamente o declarasse
inimigo de estado. A perseguição dos imperadores Nero, Domiciano, Diocleciano,
foi cruel e sanguinária, ao longo de pelo menos três séculos. Os cristãos eram
decapitados, crucificados, esfolados vivos, jogados as feras, queimados, mas
não se intimidavam, não renegavam a fé. Não adiantava matar, pois o sangue dos
mártires era semente de novos cristãos!
Hoje
não corremos risco de morte ao anunciar a Palavra, ao menos onde vivemos não
somos proibidos de falar de Deus ou de Jesus, apesar de também sofrermos
perseguições. Somos perseguidos pelos ouvidos, pela língua e ainda assim temos
medo. Aqueles homens e mulheres eram perseguidos pela espada e não se calavam.
Nós, por covardia, timidez ou mesmo comodismo, deixamos de anunciar, de
evangelizar. Quantas vezes a oportunidade de evangelizar se apresenta e por
timidez, por medo de parecer ridículo, deixamos de anunciar Jesus. Alguns dizem
não saber como fazer, não conhecerem nada e outras desculpas... Mas para
evangelizar não é necessário ser doutor em teologia ou bíblia, basta se abrir a
ação do Espírito Santo.
Nossa
fé, nossa doutrina, ou seja, a Igreja, já nasceu perseguida. Primeiro pelos
fariseus quando ainda era uma seita de origem judaica, depois pela influência
do paganismo, pelo império romano, pelas heresias, pela reforma protestante,
pelas filosofias materialistas, pelo iluminismo, mais recentemente pelo
comunismo, pelo agnosticismo e tantas mais que apareçam. Mas tudo isso ruiu,
caiu, dividiu-se ou desapareceu e a Igreja continua de pé, firme, inabalável há
mais de dois mil anos! É a verdade bíblica: “... e sobre esta pedra
construirei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão sobre
ela.” Glória a Deus! Não somos uma igrejinha qualquer, a nossa igreja foi
concebida aos pés da cruz, com o sangue de Cristo, surgiu em Pentecostes e foi
regada, fertilizada com o sangue dos mártires! Não importa o quanto possamos
vir a ser perseguidos, somos felizes por sermos cristãos católicos e estarmos
na renovação carismática. Como disse um bispo Tcheco duramente perseguido pelo
regime comunista: “ Quando fazemos a obra de Deus, fazemos muito; fazer a obra
em oração faz-se mais ainda e sofrer pela obra de Deus é tudo. “ Amém.