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episódio narrado em Mateus 8 espanta não só
pelo fato dos porcos se atirarem ao mar, mas principalmente, por realçar a
realidade da possessão demoníaca. Embora
nem todo mal venha diretamente do diabo, sabemos que muita coisa ocorre por
influencia direta ou indireta dele. Conforme Apocalipse 9, enquanto esperam o
julgamento final os demônios gozam de relativa liberdade para exercerem sua
ação maléfica na terra. O que eles fazem possuindo seres humanos, suscitando doenças,
insuflando ao pecado. Eles tentam nos invadir, nos atormentar. Como e porque
isso ocorre? Por causa de nossos pecados não confessados, devido ao nosso
padrão errado de conduta, desvios de comportamento, pelos pecados do dia a dia
que insistimos em não abandonar, os “pecadinhos de estimação”. A solução?
Jesus. Jesus de Nazaré, o filho de Maria Santíssima, porque como vimos na
leitura, os demônios a ele se submetem. Seu poder é imenso e esse poder é
conferido a Nossa Senhora e aos anjos de Deus. Em nome de Jesus podemos também
nós, devidamente preparados, repreender os espíritos malignos.
O homem busca incessantemente formas
de vida no espaço, em outros planetas. A frase “não estamos (ou não queremos
estar) sós no universo”, move esta busca. Nem precisa tanto, nem precisa buscar
longe, há formas de vida inteligente entre nós, seres invisíveis a nossos olhos
carnais: anjos e demônios. Eles existem em grande número, são velocíssimos –
ouso afirmar, por serem puro espíritos, incorpóreos, que deslocam-se a velocidade
da luz. Daí advém seu poder, o conhecimento prévio de fatos, a capacidade de
captar sons inaudíveis ao ouvido humano. Satanás, a primitiva serpente, foi
lançado a terra, foi banido devido a seu imenso orgulho, sua arrogância
desmedida. E na queda arrastou consigo uma multidão de anjos que o serviam.
Agora, condenados, são os espíritos malignos, os demônios, que atormentam a
humanidade. A solução? Jesus. Nosso Senhor Jesus Cristo, o nome acima de todo o
nome. Jesus, cujo sangue é bálsamo para nós, mas que é repelente mortal para o
maligno e seus asseclas. Pois pelo sangue derramado por Jesus na cruz fomos
lavados e remidos, enquanto o inimigo
foi definitivamente derrotado.
Em Sb 2,24 diz: “Foi por inveja...” Onde a influência do
demônio se faz presente? Onde podemos identificá-lo? Na crença de que a felicidade só se encontra
nas coisas materiais; na concupiscência da carne, ou seja, na compulsão sexual,
nos desvios mórbidos de comportamento; na auto suficiência, quando se prescinde
de Deus; no egoísmo, no egocentrismo, na frieza, crueldade, falta de amor; onde
o nome de Jesus é usado com ódio deliberado, causando divisão; onde o evangelho
é distorcido, falsificado, deturpado, mutilado. Quanto a estas últimas
assertivas, o próprio Jesus afirma: “Quem está comigo ajunta, quem não está
comigo espalha”.Diz também Jesus: “Muitos virão em meu nome, lobos em pele de
cordeiro, farão prodígios e seduzirão até mesmo alguns dos eleitos”.– “Nem todo
que diz senhor, senhor, entrará no reino dos céus”.
O Senhor na sua Palavra nos adverte
e ensina a combater o inimigo de Deus e de nossas almas. Através Pedro nos
exorta a sermos vigilantes e orantes, pois o inimigo é como um leão que ruge,
pronto a nos devorar. É necessário então estar atentos. Através Paulo em Efésios
6, nos fornece as armas necessárias ao combate. A nossa luta não é contra a
carne e o sangue, sim contra o príncipe das trevas, os anjos caídos, os
espíritos maus dos ares. Aí vai uma advertência; muitos não acreditam na
existência do demônio como um ser real. E essa é exatamente uma das maiores
artimanhas do diabo: fingir-se de morto, negar a própria existência, pois desta
forma ele invade os corações dos desprevenidos e incautos. Nossas armas nessa
luta incessante são a couraça da justiça, o capacete da salvação: a fé no
sangue poderoso de Jesus; o cinturão da verdade, as sandálias da humildade: por
ser orgulhoso e soberbo, o maligno não suporta a simplicidade, a humildade, a
pureza; por fim a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada.
Enquanto aguardamos o retorno glorioso de Jesus, como
São Paulo, combatamos o bom combate. Amém.
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