sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Jesus mestre da oração



Somos discípulos e como tal seguimos e pretendemos imitar o mestre. Sigamos e imitemos Jesus Cristo, nosso mestre. Comecemos com o fundamental: a oração. O Pai Nosso, modelo perfeito de oração ensinado por Jesus, é iniciado com uma evocação em louvor a Deus seguida de um ato de submissão e contrição; depois vem uma súplica, um pedido de perdão, proteção e libertação. O Pai Nosso serve inclusive de inspiração para nossa oração espontânea.
Em diversas passagens nos Evangelhos vemos Jesus orando. Jesus é Deus, e orar, rezar, é conversar com Deus. Ele conversava com si mesmo? Realmente Jesus é Deus, mas também homem. Deus e homem; duas naturezas em um só ser. A existência e a essência dos seres criados e incriado juntas, simultâneas e coincidentes. Então orante era a natureza humana de Jesus. Ele se recolhia, procurava locais isolados e tranquilos para estar em oração, para seu diálogo de amor com o Pai. Mas também orava em público, louvava e rezava em alta voz. Um grande ensinamento da escola de Jesus: a oração pessoal, nosso momento de intimidade com Deus, deve ser feita no silêncio de nosso coração, contemplativamente. A oração comunitária, aquela das celebrações, dos grupos de oração, dos encontros, pode e deve ser feita de modo a externar nossa gratidão e confiança no Senhor.
No Getsemani Jesus orou por si: “Pai é chegada a hora, glorifica o teu Filho, para que teu Filho glorifique a Ti; e para que pelo poder que lhe conferiste sobre toda criatura, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe entregaste. Eu te glorifiquei na terra, terminei a obra que me deste para fazer. Agora, Pai, glorifica-me junto a Ti, concedendo-me a glória que tive junto de ti antes que o mundo fosse criado” (cf. Jo 17, 1-6). Rogou também por seus discípulos (Jo 17,6-18) e finalmente por nós, todos os crentes: “Não peço somente por eles, mas por aqueles que por sua palavra  hão de crer em mim. Para que todos sejam um, como estás em mim e eu em Ti; que também estes estejam em nós e creiam que Tu me enviaste. Para que vejam a minha glória, que Tu me concedeste antes da criação do mundo. Manifestei-lhes o meu nome, e ainda hei de lho manifestar, para que o amor com que amaste esteja neles, e eu neles” (cf. Jo 17,20-26). Em Lucas 11, 9ss Jesus nos ensina e ao mesmo tempo exorta: “Pedi e vos será dado, buscai e achareis, batei e se vos será aberta. Pois todo o que pede recebe, aquele que procura acha e ao que bater, se lhe abrirá”.


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