“Dedicai-vos mutuamente
a estima que se deve em Cristo Jesus. Sendo ele de condição divina, não se
prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a
condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E sendo exteriormente
conhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a
morte, e morte de cruz. Por isso, Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o
nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus se dobre todo
joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para glória de
Deus Pai que Jesus Cristo é Senhor” (Fl 2,5-11)
Esta pericope é um antigo hino litúrgico cristão citado pelo
Apostolo Paulo na carta aos filipenses.
É a ‘kenosis’ de Jesus Cristo, segundo a qual, Cristo, o
verbo Encarnado, teve que sofrer para alcançar a glória (não há Tabor sem Calvário).
A passagem também remete a Isaias 53.
Baseado neste texto bíblico podemos, com S. Leão Magno, dizer
que o Verbo assumiu nossa humanidade, sem no entanto, deixar a divindade;
desceu de seu trono de glória sem perder a majestade; imortal, assumiu um corpo
mortal e submeteu-se à morte; invisível na sua natureza tornou-se visível na
nossa; isento de pecado, fez-se pecado por todos.
Damos graças ao Deus maravilhoso, que humildemente desceu de
seu trono de glória e fez-se como nós, sofreu as nossas dores, sentiu nossas
ansiedades e angústias e por fim doou-se, esvaziou-se até o fim, por nós!
Bendito seja o nome de Jesus, nome acima de todo nome; nome
que ao ser pronunciado do fundo da alma, nos pacifica, nos harmoniza; pelo
poder do nome de Jesus, povos, raças e nações são restaurados. Louvado seja
Jesus Cristo Nosso Senhor, verdadeiro Deus e verdadeiro homem que veio habitar
entre nós e revelou o imenso amor do Pai.