Encontramos aí um ato de
gratidão. Dez leprosos foram a jesus precisando de cura. Jesus na sua imensa
misericórdia os atendeu; após Jesus instrui-los, conforme se afastavam
percebiam que estavam sendo curados. Quantos voltaram para agradecer? Somente um
e era samaritano...
Vemos então que os dez
foram ao encontro de jesus por interesse e só um, movido por amor e gratidão,
voltou a Ele. Esse permaneceu com o Senhor; os outros alcançaram a graça e
voltaram as costas para Jesus.
Este episódio bíblico retrata exatamente nosso
comportamento nos dias atuais; verifica-se isso notadamente em nossos grupos de
oração. Cotidianamente muitos andam vazios, alguns praticamente com somente o
núcleo, raríssimos frequentadores na assembleia; alguns – poucos na verdade –
em virtude da falta de zelo e unção dos componentes, mas isso é exceção, a
maioria é formado por servos ungidíssimos e mesmo assim os grupos permanecem
vazios. Vazios até se anunciar a presença de algum pregador famoso que atue no ministério de oração por cura.
Nesse dia o G.O. enche, a igreja por maior que seja torna-se pequena para
conter a assembleia. O que podemos concluir daí? O povo de Deus está doente (a
maioria de nós realmente precisa de cura em diversos níveis), ou muita gente só
quer ver e/ou conhecer o padre ou o leigo famoso e até mesmo ‘idolatrado’. Depois tudo volta ao normal, grupo de oração
com poucos frequentadores, reunido num cantinho da igreja ou numa sala
paroquial. Na multidão da reunião anterior quantos foram curados e quantos
voltaram, ao menos para agradecer? Poucos, pouquíssimos, talvez nenhum tenha
retornado para agradecer como o samaritano.
Sabemos que Deus se
deixa encontrar; em verdade Ele vem a nosso encontro e nós, quase sempre, nos
esquivamos Dele. Muitos O procuram por interesse, em busca de uma graça, cura,
emprego, entre tantas necessidades e carências. Até conseguem e depois?
Tchau! Infelizmente essa é a realidade,
somos fiéis de meia tigela, cristãos apáticos, católicos de mentirinha. Quantos
respeitamos as orientações da Igreja, obedecemos aos preceitos bíblicos,
vivenciamos a doutrina católica? Poucos, somente aqueles que seguem fielmente a
Tradição, a Palavra e o Magistério da Igreja, ou seja, os católicos praticantes
(os que obedecem) e os atuantes (os que difundem).
Portanto, deixemo-nos
encontrar por Jesus – que está sempre perto de nós – e o sigamos. Não busquemos
somente a graça, os prodígios e milagres, mas o autor de tudo isso. Sigamos
Jesus em qualquer circunstância, diante da alegria ou da tristeza, do choro ou
do regozijo, Ele é nosso amparo, nossa força, nossa esperança. Tomemos a
decisão de busca-lo, encontra-lo e segui-lo, onde Ele for, até a cruz se for
preciso.
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