sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Lc 17,11-19 – Ir ao encontro do Senhor


Encontramos aí um ato de gratidão. Dez leprosos foram a jesus precisando de cura. Jesus na sua imensa misericórdia os atendeu; após Jesus instrui-los, conforme se afastavam percebiam que estavam sendo curados. Quantos voltaram para agradecer? Somente um e era samaritano...
Vemos então que os dez foram ao encontro de jesus por interesse e só um, movido por amor e gratidão, voltou a Ele. Esse permaneceu com o Senhor; os outros alcançaram a graça e voltaram as costas para Jesus.
 Este episódio bíblico retrata exatamente nosso comportamento nos dias atuais; verifica-se isso notadamente em nossos grupos de oração. Cotidianamente muitos andam vazios, alguns praticamente com somente o núcleo, raríssimos frequentadores na assembleia; alguns – poucos na verdade – em virtude da falta de zelo e unção dos componentes, mas isso é exceção, a maioria é formado por servos ungidíssimos e mesmo assim os grupos permanecem vazios. Vazios até se anunciar a presença de algum pregador famoso   que atue no ministério de oração por cura. Nesse dia o G.O. enche, a igreja por maior que seja torna-se pequena para conter a assembleia. O que podemos concluir daí? O povo de Deus está doente (a maioria de nós realmente precisa de cura em diversos níveis), ou muita gente só quer ver e/ou conhecer o padre ou o leigo famoso e até mesmo ‘idolatrado’.  Depois tudo volta ao normal, grupo de oração com poucos frequentadores, reunido num cantinho da igreja ou numa sala paroquial. Na multidão da reunião anterior quantos foram curados e quantos voltaram, ao menos para agradecer? Poucos, pouquíssimos, talvez nenhum tenha retornado para agradecer como o samaritano.
Sabemos que Deus se deixa encontrar; em verdade Ele vem a nosso encontro e nós, quase sempre, nos esquivamos Dele. Muitos O procuram por interesse, em busca de uma graça, cura, emprego, entre tantas necessidades e carências. Até conseguem e depois? Tchau!  Infelizmente essa é a realidade, somos fiéis de meia tigela, cristãos apáticos, católicos de mentirinha. Quantos respeitamos as orientações da Igreja, obedecemos aos preceitos bíblicos, vivenciamos a doutrina católica? Poucos, somente aqueles que seguem fielmente a Tradição, a Palavra e o Magistério da Igreja, ou seja, os católicos praticantes (os que obedecem) e os atuantes (os que difundem).
Portanto, deixemo-nos encontrar por Jesus – que está sempre perto de nós – e o sigamos. Não busquemos somente a graça, os prodígios e milagres, mas o autor de tudo isso. Sigamos Jesus em qualquer circunstância, diante da alegria ou da tristeza, do choro ou do regozijo, Ele é nosso amparo, nossa força, nossa esperança. Tomemos a decisão de busca-lo, encontra-lo e segui-lo, onde Ele for, até a cruz se for preciso.  





                    

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