sexta-feira, 10 de março de 2017

As Armas de um Ministeriado


“Porque, como o corpo é um todo tendo muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo. Em um só Espírito fomos batizados todos nós, para formar um só corpo, judeus ou gregos, escravos ou livres; e todos fomos impregnados do mesmo Espírito.” (I Cor 12, 12-13)
Cada pessoa tem sua personalidade e sua forma de pensar e agir em determinadas situações. Cada pessoa tem uma vocação, dons, capacidades, muitas vezes, específicas. Cada pessoa tem afinidades e gostos pessoais. Mas mesmo com tantas particularidades existe algo que nos é comum: somos filhos de Deus e chamados a viver o amor entre os irmãos como o próprio Cristo nos amou primeiro. (cf. Jo 15, 12)
Amar o outro e partilhar com ele a vida com o objetivo de alcançar a Deus, nos faz unirmos a nossa fé em Grupos de Oração para, juntos, vencermos as adversidades e nos tornarmos mais fortes diante do objetivo maior: o céu.
Vivendo em grupos, formados a partir de muitos membros, estes por sua vez bem diferentes, com posicionamentos, pensamentos e ações distantes e por vezes contraditórias, gera em nós a necessidade de buscar em Deus armas para a vivência cotidiana do Ministério. O servir não é um ‘peso’ ou uma demonstração de sofrimento, mas sim um testemunho para que outras pessoas busquem a Deus a partir da nossa própria doação.
Assim, diante dos enfrentamentos diários que temos a tantos contextos a que estamos inseridos, Deus nos apresenta armas para vivermos o nosso ministério (Cf. 6, 13-18):
A primeira arma que Deus nos apresenta em sua Palavra é a Verdade. Precisamos falar e viver a verdade em nosso cotidiano, que, em dadas situações, pode ser dolorosa, mas necessária para o crescimento espiritual de si mesmo e dos irmãos. A falta de verdade nos afasta de Deus que é “Caminho, Verdade e Vida” (cf. Jo 14,6) e nos leva a caminharmos sozinhos, desarmados e sem vigilância diante das ciladas do inimigo de Deus.
A Justiça é a segunda arma que Deus nos mostra para a boa vivência no ministério a que Ele nos chamou. Não há como ser misericordioso sendo injusto, e também não há como merecer o Reino dos Céus sem viver a justiça (cf. Mt 5, 10). Se errou, perdoe. Se erraram contra ti, não julgue, mas procure sempre o diálogo. Não se deixe enganar pela fofoca ou por críticas sem fundamentação, bem como não permita que barreiras sejam criadas por pensamentos diferentes ou mesmo baixa afinidade pessoal.
A terceira arma apresentada por Deus a nós é a Prontidão. Um ministeriado deve sempre estar pronto a servir.  Sua disposição está no amor que gera obediência. Devemos assumir nossos postos e nos manter abastecidos e de malas prontas à missão que nos espera. Para termos prontidão é preciso aprender sempre a ser prevenido e vigilante (Mt 24, 42), para que, quando for solicitada a nós uma missão, estarmos prontos para a vitória, que não significa humanamente dar sim para todas as missões, mas buscar ouvir de Deus o chamado.
Sendo verdadeiro, justo e pronto para a batalha, a próxima arma que temos de ter é a fé. Ela é o escudo que nos defenderá de nós mesmos e do inimigo. É preciso perceber que Deus é o centro de nossa missão, assim não somos os ‘donos’ da messe, mas simples servos, que por amor obedecem e fazem frutificar. A fé é como o combustível que nos faz lutar até o fim, bem como levantar ao cair e gritar por socorro quando assim precisar.
Por fim é preciso de duas grandes armas: “O capacete da salvação e a Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus”. Sem a vivência espiritual e dos direcionamentos de Deus não é possível uma missão ter sucesso. O ministeriado precisa se alimentar cotidianamente da fonte de toda a força. Seja para protegê-lo como um capacete ou para o ataque como uma espada, o Espírito Santo deve ser o guia de cada uma de suas ações. A leitura de Palavra de Deus, o Santo Terço, a Eucaristia, a Confissão, a Oração Pessoal, o Jejum, a Adoração e o Grupo de Oração semanal são exemplos práticos de como abastecer-se desta força para a batalha.
É preciso perceber que a maior de nossas armas está justamente na mudança de ordem das letras da palavra “arma” - “amar”. É preciso que amemos uns aos outros (cf. Jo 15, 17), pelo amor encontraremos o caminho da boa vivência e do sucesso na vida e em cada missão.

Eder Machado- Grupo de Oração Cristo é Deus – Caucaia (CE)

Coordenador Estadual do Ministério de Comunicação Social da RCC Ceará

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