Ela
é o produto da dor, resultado da entrada de uma substância estranha
ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de
areia. A parte interna da concha de uma ostra contém uma substância
lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia penetra, as células
do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas
e mais camadas para proteger o corpo indefeso da ostra. Como
resultado, a linda pérola é formada.
Uma
ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois
a pérola é uma ferida cicatrizada.
Todos
nós somos feridos de muitas maneiras pelas palavras dos outros; às
vezes de ciúme, de ódio, de vingança, de inveja, de calúnia,
maledicência… Às vezes nossas ideias são rejeitadas e até
menosprezadas e, algumas vezes mal interpretadas.
Não
se agite, não revide; não pague o mal com o mal; não, faça como a
ostra e produza uma pérola no seu interior, no mesmo lugar da ferida
que sangrou. Cubra suas mágoas e as rejeições sofridas com camadas
e camadas de amor, paciência, bondade, delicadeza, oração…
“Não
te perturbes no tempo da infelicidade, sofre as demoras de Deus;
dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro
momento tua vida se enriqueça”. (Eclo 2,2-3)
Não
adianta ficar blasfemando contra a vida, contra as pessoas e contra
Deus; nada resolve e ainda piora o estado de sua alma. É melhor
acender um fósforo do que maldizer a escuridão. Uma simples chama
de alegria ilumina uma grande escuridão.
Prof.
Felipe Aquino
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