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sábado, 28 de fevereiro de 2015
A Teoria do gênero
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
Passos firmes pelo Espírito Santo: 48 anos de Renovação Carismática Católica
A Renovação Carismática Católica completa 48 anos
de existência. O Movimento inspirado por Deus para difundir a Cultura de
Pentecostes tem uma história cheia de graças e bênçãos. Uma caminhada de mais
de quatro décadas que está marcada com diversos testemunhos e experiências
fervorosas com o amor de Deus através do Espírito Santo.
Entre 17 a 19 de fevereiro de 1967, sob a luz do
Paráclito, mais de 30 pessoas, dentre elas jovens estudantes e professores, se
reuniram em retiro na Universidade de Duquesne, em Pittsburg, na Pensilvânia,
para orar e estudar a Bíblia. Neste evento, em dado momento, os participantes
foram levados a se colocarem diante do Santíssimo Sacramento, mal sabiam o que
o Senhor lhes propunha, mas foram dóceis ao que Ele lhes pedia.
Os jovens ali presentes tiveram a experiência do
Batismo no Espírito Santo. Um Pentecostes pessoal acontecia na vida deles e o
poder do Espírito se manifestava de diversas formas. Mas aquele ardor que havia
sido infundido pelo Espírito Santo não acabou junto ao conhecido Retiro de
Duquesne. Revigorados através do batismo no Espírito, os estudantes e
professores começaram a difundir essa experiência para outras pessoas, tal como
os apóstolos fizeram depois de Pentecostes (cf. Atos 4,31).
Após toda essa experiência, a Renovação Carismática
Católica foi crescendo e se difundindo pelo mundo inteiro. Grupos de Oração
foram formados, retiros realizados e a cada dia podia se ver que mais pessoas
tinham seu encontro pessoal com Deus por meio do Batismo no Espírito Santo.
Com o seu
crescimento, o Movimento foi confirmado e abençoado por diversos Pontífices.
Papa Paulo VI afirmou que era necessária uma renovação no Espírito; João XXIII
trouxe o Concílio Vaticano II; Papa João Paulo II desejou “vida longa aos
carismáticos”, quando se encontrou com líderes da RCC; o Papa Bento XVI falou
sobre a importância da propagação da Cultura de Pentecostes, “que é tão
necessária”, e Papa Francisco chamou a RCC de “corrente de graça para a
Igreja”.
Comemorando seus 48
anos, a RCC continua viva, apresenta-se cada vez mais missionária, mas sabe que
ainda há muito a amadurecer e que precisa ser cada vez mais efetiva em suas
ações de evangelização. Por isso, o ICCRS (Serviços Internacionais da Renovação
Carismática Católica) propõe um aprofundamento da identidade do Movimento e
intensificação de missões como preparação para o Jubileu de Ouro da RCC a ser
celebrado em 2017, na Praça de São Pedro em Roma.
Celebrando os 50
anos da RCC
Em comunhão com o
Movimento de todo o mundo, a Renovação Carismática Católica do Brasil se
organiza para estar presente neste momento de profunda intimidade com o
Espírito Santo e grande festa!
Por isso, a
RCCBRASIL oferece um pacote especial de peregrinação para o Jubileu de Ouro.
São oito dias de peregrinação por Roma, com saída em 29 de maio de 2017 e
retorno no dia 5 junho. Aos interessados que adquirir o pacote até 28 de
fevereiro o valor é de R$4.880,00 mais a taxa de adesão de R$180,00. Após esta
data, o valor será de R$5.880,00.
Para saber sobre as
formas de pagamento, conhecer os pacotes adicionais e outras informações, entre
em contato pelo e-mailperegrinacao@rccbrasil.org.br ou pelo telefone (12) 3151-4155.
Ao relembrar todas
essas maravilhas neste dia, queremos junto com a RCC do mundo, glorificar a
Deus pelas inúmeras graças derramadas ao longo desses 48 anos, pelas
incontáveis famílias que foram transformadas pelo Batismo no Espírito Santo,
pelos muitos encontros pessoais com Jesus, pelos tantos corações que um dia
foram impactados ao saber: “Jesus te ama!”.
Que pela
intercessão da Beata Elena Guerra, nós, Renovação Carismática Católica, sejamos
semeadores eficazes da Cultura de Pentecostes. Que sejamos tão apaixonados por
Jesus, a ponto de colocar nossa vida em missão! E continuemos sempre atentos ao
mover do Espírito, que nos conduz a caminhar sempre de acordo com sua vontade.
(www.rccbrasil.org.br)
domingo, 22 de fevereiro de 2015
O sentido cristão do sexo
Antes de
tudo o casal cristão precisa conhecer bem o sentido do sexo no plano de Deus.
Ele o quis. De todas as alternativas possíveis que Deus poderia ter empregado
para gerar e manter a espécie humana, Ele escolheu a relação física e
espiritual do amor conjugal. Deus quis que o casal humano fosse o arquétipo da
humanidade, e que sua geração fosse por meio da via sexual.
Além
disso, por meio deste ato, quis aprofundar o amor do casal. Então, a conclusão
a que se chega, é que Deus não só inventou o sexo, mas o dotou de profunda
dignidade e sentido, e por isso colocou normas para ser vivido de maneira
correta, para que não causasse desajustamento e sofrimento.
Deus quis
que o ser humano fosse material e espiritual, algo como uma síntese bela do
animal que apenas tem corpo, com o anjo que apenas é espírito.
E
dotando-o de corpo quis que o homem fosse sexuado como os animais; porém, a sua
vida sexual devia ser guiada não pelo instinto, como nos animais, mas, pela
alma, e iluminada pela inteligência, embelezada pela liberdade, conduzida pela
vontade e vivida no amor.
A vida
sexual é algo muito sublime no plano de Deus; por isso, jamais um casal deve
pensar que Deus esteja longe no momento de sua união mais íntima; pois este ato
é santo e santificador no casamento e querido por Deus.
O amor
conjugal tem um sentido único; o amor entre dois seres do mesmo sexo, como, por
exemplo, pai e filho ou dois amigos, não contém a complementação no plano
físico. O uso do sexo no seu devido lugar, no casamento, bem entendido nos seus
aspectos espiritual e psicológico, é um dos atos mais nobres e significativos
que o ser humano pode realizar; pois ele é a fonte da vida e da celebração do
amor. A virtude da castidade, mais do que consistir na renúncia ao sexo,
significa o seu uso adequado.
Diz o Dr.
Alphone H. Clemens, Diretor do Centro de Aconselhamento da Universidade
Católica da América, Washington, D.C., sobre o ato sexual:
“É um ato
de grande beleza e profunda significação espiritual, pois o amor conjugal entre
dois cristãos em estado de graça, é uma fusão de dois corpos que são templos da
Trindade, e uma fusão de duas almas que participam da mesma Vida Divina… Por
outro lado, usado com propriedade, torna-se uma fonte de união, harmonia, paz e
ajustamento. Intensifica o amor entre o esposo e a esposa, e funciona como
escudo contra a infidelidade e incontinência. A personalidade humana integral,
mesmo nos seus aspectos sobrenaturais, é enriquecida pelo sexo, uma vez que o
ato do amor conjugal também é merecedor de graças” (Clemens, 1969, p. 175).
Afirma
Raoul de Gutchenere, em “Judgment on Birth Control” que:
“Foi
reconhecido há já bastante tempo, que […] as relações sexuais produzem efeitos
psicológicos profundos, especialmente sobre a mulher”, uma vez que o esperma
absorvido por seu corpo, desempenha um papel dinamogênico, promovendo o
equilíbrio. De modo geral, o ato de amor conjugal provoca o relaxamento, vigor,
autoconfiança, satisfação, sensação geral de bem estar, sensação de segurança e
uma disposição que conduz ao esquecimento de atritos e tensões de menor
importância entre o casal” (Apud Clemens, p. 177).
Não é à
toa que São Paulo, há 2000 anos já recomendava aos cônjuges cristãos: “não vos
recuseis um ao outro… afim de que Satanás não vos tente” (1Cor 7,5).
A recusa
do sexo sem motivo pode representar não apenas uma injustiça para com o
cônjuge, mas também o perigo de o expor à infidelidade e o casamento ao
fracasso. Isso mostra que os casais não devem ficar muito tempo separados
quaisquer que sejam os motivos, especialmente por razões menores. O afastamento
prolongado deles pode gerar uma situação de estresse especialmente para o
homem. Alguns conseguem superar essa abstinência sexual forçada com uma
sublimação religiosa, mas nem todos tem a mesma disposição.
No
entanto, é preciso dizer que os especialistas mostram em suas pesquisas que
“outros fatores que não o sexo são mais importantes para a felicidade
matrimonial”, uma vez que muitos casais superam seus problemas e angústias com
um amor autêntico.
Prof. Felipe Aquino (Trecho retirado do livro: A vida sexual no casamento – Editora Cléofas)
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
O amor pode terminar?
Quando tempo pode
durar o casamento? Ou ainda, quando é que ele começa a desmoronar? Até há
pouco, pensava-se que as primeiras crises chegassem depois de sete anos de
“feliz” convivência. Em seguida, o tempo se abreviou, e o prazo de sua validade
foi reduzido para cinco anos. Ultimamente, um levantamento feito pela
Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, com aproximadamente 10.000
casais, descobriu que o amor não sobrevive mais de três anos – dado que
coincide com outro estudo feito no Reino Unido, entre 2.000 casais.
«Paixão eterna só
existe na ficção», afirma o psicólogo Bernardo Jablonksi, autor do livro: “Até
que a vida nos separe: a crise do casamento contemporâneo”. Contudo, as
diversas separações que ele atravessou podem provir do fato de ter identificado
o amor com a emoção: «Na paixão, você sofre, deixa de se alimentar, não consegue
dormir. Não poder durar!».
Dessa confusão não
escapa outro psicólogo de renome, Aílton Amélio. Fundamentado no princípio de
que tudo na vida precisa ser alimentado para não morrer, ele conclui: «O amor
pode terminar, porque precisa ser nutrido por fatos. É como andar de
motocicleta: se parar, cai».
Apesar da
dificuldade de distinguir as coisas, o cineasta Roberto Moreira consegue
descortinar uma luz no fundo do túnel: «O amor pode ser eterno, mas a
probabilidade é pequena. Relacionamento que dure mais de dez anos é um
sucesso». Referindo-se ao seu filme “Quanto dura o amor?”, lançado em 2009,
Moreira apresenta a solução do enigma: «Talvez o melhor título fosse “Quanto
dura a paixão?”, porque o amor só existe quando o parceiro deixa de ser uma
projeção nossa».
Como já se tornou
lugar-comum afirmar, amor é a palavra mais inflacionada do planeta. Diz tudo e
não diz nada! Pode ocultar um egoísmo tão atroz que seu fruto é o desespero e a
morte.
Contudo, para os
cristãos, sua realidade resplandece como o sol. Quem encontrou seu pleno
significado foi o evangelista São João. Por que ele é o único dos apóstolos
que, por mais vezes, se declara o “discípulo amado” por Jesus? A resposta é
simples e… deslumbrante: porque foi ele quem escreveu a página mais comovedora
da Bíblia e fez a descoberta mais revolucionária da história: «Deus é amor.
Quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus permanece nele» (1Jo 4,16).
Mas, o que é o
amor? Eis a resposta de São João: « Nisto se manifestou o amor de Deus para
conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por
ele. O amor consiste no seguinte: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele
que nos amou e nos enviou o seu Filho para nos libertar de nossos pecados» (1Jo
4,9-10).
Para São João, amar
é dar o que de melhor existe no coração humano – sem dúvida, fruto do
sacrifício – para que a pessoa que está ao lado tenha uma vida digna e plena.
Assim como faz Deus, que oferece o que de mais precioso tem: seu filho
Jesus. Amar é sair de si mesmo, é esvaziar-se de seus interesses para que
o outro se liberte e se promova, em seu sentido mais verdadeiro e profundo. Por
isso, o amor exige autodomínio e heroísmo, ao pedir que nos coloquemos diante
de cada pessoa sem levar em conta as emoções, as mágoas, os apegos e os
preconceitos que se aninham em nosso coração. Amar é tomar sempre a iniciativa:
«Não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu
Filho».
O amor humano,
embora bonito, misterioso e arrebatador, não é suficiente para preencher o
espírito humano. Se é indispensável para iniciar um casamento, é insuficiente
para mantê-lo de pé a vida inteira: «O fato de sermos amados por Deus enche-nos
de alegria. O amor humano encontra sua plenitude quando participa do amor
divino, do amor de Jesus que se entrega solidariamente por nós em seu amor
pleno até o fim» (Documento de Aparecida, 117).
O que pode acabar –
às vezes, com uma rapidez tão espantosa que se transforma em seu contrário – é
a emoção, o sentimento, a emotividade. Mas o amor verdadeiro nunca termina,
simplesmente porque se identifica com Deus. Nessa simbiose divina, ele passa a
ter a fisionomia de Deus: paciente e prestativo, humilde e perseverante,
misericordioso e gratuito: «Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta»
(Cf. 1Cor 13,4-7).
Dom Redovino Rizzardo, cs - Bispo de Dourados – MSdomingo, 15 de fevereiro de 2015
Viver e caminhar no Espírito
“Se vivemos pelo Espírito,
andemos de acordo com o Espírito” (Gl 5,25). Este versículo bíblico foi
tema do ENF 2015 – Encontro Nacional de Formação para coordenadores e
ministérios da RCC Brasil). Mais que tema, que motivação, foi moção para todo o
ano 2015. Indo além, mais que tema, mais que moção, é ordem de Deus para toda a
vida. Enquanto caminhamos nesta terra, andemos de acordo com aquilo que o Espírito
Santo coloca em nosso coração; caminhemos com ele, guiados por Ele, para que ao
chegar a plenitude de nosso tempo sejamos levados por Ele, através de Jesus, ao
Pai.
No texto bíblico onde o versículo acima está inserido, no
verso 18, Paulo nos diz que quem vive sob a ação do Espírito Santo não está sob
o jugo da lei. O que isso significa para nós hoje? Estamos largados, a revelia
da lei? Podemos fazer o que quisermos? Não! Isso significa que quem vive e
caminha com o Espírito Santo não transgride a lei, seja tanto a lei civil (dos
homens) como a lei de Deus (os mandamentos). Isto se faz naturalmente, em decorrência
da ação do Espírito Santo mesmo que desconheçamos as leis.
Todos batizados temos o Espírito Santo, até o pior bandido.
Uma frase de um famoso escritor me chama a atenção; diz assim: “No pior homem
do mundo existe algo de cada um de nós; em cada um de nós existe algo do pior
homem do mundo”. O que seria esse algo? Podemos fazer alusão ao Espírito Santo.
Então, ter o Espírito Santo e caminhar no Espírito são coisas diferentes. Viver
no Espírito é experimentar, sentir a presença; é obra de Deus. Andar no Espírito
é agir, deixar-se levar; é dever do homem. Viver no Espírito é estado de Graça.
Andar no Espírito é obediência.
Somos batizados, somos filhos de Deus e como tal, sejamos
obedientes nos abrindo a ação do Espírito Santo, nos deixando conduzir por Ele,
conhecendo e amando esse Deus maravilhoso que nos ama intensamente. Deus digno
de todo louvor, Deus apaixonado! Deus
apaixonado por cada um de nós, apaixonado por você. Não confundamos com paixão
humana, um sentimento intenso, porém efêmero. A paixão de Deus é uma paixão de
sacrifício, de sangue derramado. A paixão de Deus por nós é perene. No
sacrifício salvifico de Jesus pela humanidade fica claro seu imenso amor, sua
paixão desmedida. Podemos dizer sim, com toda certeza, Deus é um Deus
apaixonado.
Abramo-nos a ação do Espírito Santo, sintamos no coração
esse amor ardente e possamos ouvir sua voz suave a nos dizer: Sou apaixonado
por você, sou seu Deus.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Por que um católico não deve consultar horóscopo?
O diabo não busca outra coisa senão
fechar e obstruir a estrada de nosso retorno a Deus
A
astrologia pretende definir a vida humana a partir da posição ocupada pelos
astros no dia do nascimento da pessoa. A astrologia e o horóscopo são
cultivados desde remotas épocas antes de Cristo, ou seja, desde a civilização
dos caldeus da Mesopotâmia, por volta de 2500 a.C.. Nessa época, os estudiosos
pouco sabiam a respeito do sistema solar e dos astros em geral.
Segundo
o grande mestre D. Estevão Bettencourt, tal “ciência” é falsa por diversos
motivos:
1
– Baseia-se na cosmologia geocêntrica de Ptolomeu; conta sete planetas apenas,
entre os quais é enumerado o Sol;
2
– A existência das casas do horóscopo ou dos compartimentos do zodíaco é algo
de totalmente arbitrário e irreal;
3
– Os astros existentes no cosmo são quase inumeráveis; conhece-se interferências
deles no espaço que outrora se ignorava. É notório também o fato de que os
astros modificam incessantemente a sua posição no espaço. Por que então a
astrologia leva em conta a influência de uma constelação apenas?;
4
– A astrologia incute uma mentalidade fatalista e alienante, que deve ser
combatida, pois não corresponde aos genuínos conceitos de Deus e do homem.
Registram-se erros flagrantes de astrólogos. (Revista PR, Nº 266 – Ano 1983 –
Pág. 49).
Uma
pesquisa realizada nos EUA mostra que seguir os horóscopos “pode fazer mal à
saúde mental”. O estudo foi publicado na revista “Journal of Consumer Research”
e descobriu que pessoas que leem o horóscopo diariamente são mais propensas a
um comportamento impulsivo ou a serem mais tolerantes com seus “desvios” quando
a previsão do zodíaco é negativa. Cientistas das universidades Johns Hopkins e
da Carolina do Norte recrutaram 188 indivíduos, que leram um horóscopo
desfavorável. Os resultados mostraram que para as pessoas que acreditam que
podem mudar o seu destino, um horóscopo desfavorável aumentou a probabilidade
de elas caírem em alguma “tentação”. “Acreditava-se que, para uma pessoa que
julga poder mudar o seu destino, o horóscopo deveria fazê-la tentar modificar
alguma coisa em seu futuro”, disseram os autores da pesquisa. No entanto,
viu-se o oposto: aqueles que acreditam no horóscopo, quando veem que a previsão
é negativa, acabam cedendo às suas “tentações”, levando-os a um comportamento
impulsivo e, eventualmente, irresponsável.( Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/horoscopo-faz-mal-saude-mental-11063132)
Uma
prova do erro da astrologia é a desigualdade de sortes de crianças nascidas no
mesmo lugar e no mesmo instante, até mesmo dos gêmeos. Veja por exemplo caso de
Esaú e Jacó (Gen 25). Se os astros regem a vida dos homens, como não a regem
uniformemente nos casos citados? Quem conhece os gêmeos sabem muito bem disso.
Santo
Agostinho, já no século IV, combatia veementemente as superstições e a
astrologia. No seu livro ‘A doutrina cristã’ escreve: “Todo homem livre vai
consultar os tais astrólogos, paga-lhes para sair escravo de Marte, de Vênus ou
quiçá de outros astros”.
Querer
predizer os costumes, os atos e os eventos baseando-se sobre esse tipo de
observação, é grande erro e desvario. O cristão deve repudiar e fugir
completamente das artes dessa superstição malsã e nociva, baseada sobre
maléfico acordo entre homens e demônios. Essas artes não são notoriamente
instituídas para o amor de Deus e do próximo; fundamentam-se no desejo privado
dos bens temporais e arruínam assim o coração.
Em
doutrinas desse gênero, portanto, deve-se temer e evitar a sociedade com os
demônios que, juntamente com seu príncipe, o diabo, não buscam outra coisa
senão fechar e obstruir a estrada de nosso retorno a Deus.”
“Os
astrólogos dizem: a causa inevitável do pecado vem do céu; Saturno e Marte são
os responsáveis. Assim isentam o homem de toda falta e atribuem as culpas ao
Criador, àquele que rege os céus e os astros” (Confissões, I, IV, c. 3).
“Um
astrólogo não pode ter o privilégio de se enganar sempre”, dizia o sarcástico
Voltaire.
“O
interesse pelo horóscopo como também por Tarô, I Ching, Numerologia, Cabala,
jogo de búzios, cartas etc. é alimentado por mentalidade que se pode dizer
“mágica”. Quem se entrega à prática de tais processos de adivinhação, de certo
modo, acredita estar subordinado a forças cegas e misteriosas; o cliente de
tais instâncias se amedronta e dobra diante de poderes fictícios – o que não é
cristão.” (D. Estevão)
São
Tomás de Aquino, em sua obra “Exposição do Credo”, afirma que o demônio quer
ser adorado, por isso se esconde atrás dos ídolos. E São Paulo diz que “as
coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam aos demônios e não a Deus” (1 Cor
10,21). Então, é preciso cuidado para não prestar um culto que não seja a Deus.
Prof. Felipe Aquino
sábado, 7 de fevereiro de 2015
Efeitos da Graça na nova vida em Cristo
'Manifestou-se, com efeito, a graça de Deus, fonte de
salvação para todos os homens. Veio para nos ensinar a renúncia à impiedade e
aos desejos mundanos, para vivermos sóbria, justa e piedosamente neste mundo,
aguardando nossa esperança feliz e a vinda gloriosa do grande Deus e Salvador
nosso, Jesus Cristo. Ele, que se entregou por nós a fim de nos resgatar de toda
iniquidade e adquirir para si um povo exclusivamente seu e zeloso na prática do
bem.' (Tito 2, 11-14)
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
LIBERDADE DE CULTO
SOMOS TODOS CHAMADOS A
VIVER A LIBERDADE E A FIDELIDADE EM CRISTO JESUS
O Concílio Vaticano II,
através da Declaração Dignitatis Humanae,
ensina que "a pessoa humana tem direito à liberdade religiosa. Esta
liberdade consiste no
seguinte: todos os homens devem estar livres de coação, quer por parte dos
indivíduos, quer dos grupos sociais ou qualquer autoridade humana; e de tal
modo que, em matéria
religiosa, ninguém seja forçado a agir contra a própria consciência, nem impedido de
proceder segundo
a mesma, em privado e em público, só ou associado com outros, dentro dos
devidos limites. O direito
à liberdade religiosa se funda realmente na própria dignidade da pessoa humana,
como a palavra revelada de Deus e a própria razão a dão a conhecer. Este direito da pessoa humana à liberdade
religiosa na ordem jurídica da sociedade deve ser de tal modo reconhecido que se torne um direito civil"
(DH 2).
A Constituição do nosso país consagra como direito fundamental a liberdade
de religião. A Constituição também reza que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre
exercício dos cultos religiosos e garantida,
na forma da lei, a proteção aos
locais de culto e a suas liturgias. A intolerância e o fanatismo religiosos não podem ser tolerados.
A liberdade de culto, consequência da liberdade
religiosa, se dá no contexto social e, por isso, deve ter em conta os direitos alheios, o
dever para com os outros e o bem comum. A Igreja nos ensina que para com todos devemos proceder com justiça e bondade, e, no uso de qualquer liberdade, deve ser
sempre respeitado o princípio da responsabilidade pessoal e social.
O Papa Francisco lembrou, em 2014 no Oriente Médio, que a liberdade religiosa é um direito
humano fundamental que deve ser considerado em todo mundo. Em matéria religiosa,
este direito abrange tanto a liberdade individual como a coletiva de seguir a própria consciência, como é a
liberdade de culto.
A liberdade de evangelizar é um princípio
fundamental da
Igreja. Nós, cristãos, temos a liberdade, o direito e o dever de levar a mensagem da
salvação a todos os povos, a toda pessoa humana, respeitando a liberdade pessoal e social de cada pessoa.
Jesus nos incumbiu desta missão: "Vão pelo mundo inteiro e anunciem a Boa Notícia
para toda a humanidade"
(Mc 16,15). Através do culto e do testemunho, expressamos o dom da fé que recebemos da Igreja. Com caridade
e respeito somos chamados a ser bons instrumentos para que "todos os homens
sejam salvos
e cheguem ao conhecimento da verdade" (ITm 2,1-4).
A liberdade para nós é fruto da Verdade que conhecemos e experimentamos em
Cristo Jesus. Nele, nossa maior alegria, a liberdade abraça a fidelidade.
"Foi para a liberdade que
Cristo nos libertou! Portanto permanecei firmes..."
(Gl 5,1).
A Igreja, por obra do Espírito, cresce por atração. Livres, respeitosos e
fiéis sempre.
DOM JOÃO INÁCIO MULLER-Bispo da diocese de Lorena-SP
DOM JOÃO INÁCIO MULLER-Bispo da diocese de Lorena-SP
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