sábado, 12 de junho de 2010

O pecado nos afasta de Deus

Isaias 59,1-5 (...) Bonita essa Palavra. Se ela nos dá um puxão de orelhas, nos exorta, até mesmo nos acusa, onde está a beleza? Porque apesar da dureza, da pedreira, daí brota algo bom: o amor, o amor que vem de Deus, o amor de Deus por todos nós, indistintamente. Deus se preocupa conosco, por isso nos exorta, mesmo que para isso use palavras duras e ameaçadoras.
O amor de Deus que brota dessa Palavra faz lembrar a fonte que jorra do templo, descrita em Ezequiel 47. Era um pequeno filete d’água que se transformou num córrego, que se tornou um riacho, que se tornou um rio, uma grande torrente que inundou tudo ao redor. E por onde essa água passasse gerava vida, fecundava a terra. Essa água, essa água viva, é o amor de Deus. Assim é essa passagem que lemos; nas entrelinhas está repleta de amor.
Não, não foi Deus quem nos virou o rosto, não foi Deus quem desviou o olhar de nós... Fomos nós, com nosso pecado, que erguemos uma barreira que se antepõe entre nós e Deus. Deus nos quer, apesar de nossa desobediência e ingratidão.
Suponhamos que você tenha um amigo a quem preze muito e há muito tempo você não o vê. Você sempre o procura e nunca o encontra. Vai a sua casa e ele não está; telefona e ele nunca atende. Um dia você o vê na rua, alegre chama seu nome e ele não ouve. Você corre a seu encontro e ele desaparece na multidão. Então você se entristece, mas não deixa de amá-lo como irmão, como amigo. Pode ocorrer que você se sinta desprezado e não o procure mais, porém a amizade não morreu. Se um dia ele precisar de você, lhe procurar, você irá recebe-lo, acolhe-lo, socorre-lo, não é assim? Deus é assim! E nós somos esse amigo ingrato. Muitos se afastam de Deus, entregam-se ao pecado e quando caem em desgraça, desesperadamente clamam por Deus, lembram-se que existe um Deus que a todos socorre. Porém há que se observar o seguinte: Se o clamor for sincero, acompanhado de arrependimento e pedido de perdão, por certo Deus irá ouvi-lo e socorre-lo. No entanto se for apenas desespero, não havendo arrependimento dos pecados cometidos, a oração dificilmente chega a Deus; o céu torna-se como uma abóbada de bronze que retine, reflete as súplicas. Mas havendo arrependimento, havendo firme propósito de conversão, o céu se abre, Deus acolhe nossas palavras e as devolve como graças e bênçãos.
Se vivemos uma situação de pecado, façamos tudo para sair dela. As tentações virão, mas não podemos jamais ceder a elas. E se o pecado vive em nós, vamos expurga-lo, vamos elimina-lo de nossa vida. Jesus, o próprio Jesus foi tentado. Não para ser posto a prova, mas para demonstrar que a tentação em si não é pecado; pecado é não resistir a ela. Jesus estava em recolhimento e jejum havia quarenta dias e o diabo veio tenta-lo. Tentou a natureza humana de Jesus, não a divindade; a divindade é inexpugnável e o diabo não resistiria diante dela. Se Jesus foi submetido a tentações, tentação não é pecado, pois Jesus assumiu nossa natureza em tudo, ou quase tudo, menos no pecado.
No mundo sempre haverá maldade, malicia, pecado e dor. Mas por isso não vamos nos desesperançar. Nós, pessoas de Deus, homens e mulheres de Deus vamos lutar para mudar o mundo mal, transforma-lo, faze-lo melhor. Há pessoas egocêntricas que só vêem o mal quando são atingidos por ele; outros são o próprio mal. Mas todos, bons, maus, egoístas, justos, criminosos, pecadores, vivemos juntos, num mesmo mundo, sob as mesmas leis e sob o amor do mesmo Deus, que nos ama como somos, sem distinguir uns de outros. Portando, amemos como Deus nos ama, para vivermos em comunhão com Deus e assim a Palavra lida em Isaias 59 não se aplique a nós.
Empunhemos a espada do Espírito, a Palavra de Deus, para reconhecermos e aceitarmos o senhorio daquele que é o único Senhor e Salvador de nossa vida, o nome que está acima de todo nome: Nosso Senhor Jesus Cristo, Jesus de Nazaré, Jesus o filho de Maria.
Carlos Nunes

Um comentário:

  1. A pregação do missionário do G.O Jesus Missionário e Paz, me fez pecerber o quanto somos pequenos diantes do amor de Deus e o quanto Ele nos ama. Pois de acordo com o meu pensamento diante do tempo vivido por Jesus, a decisão de entrega, feita tanto por Deus quanto por Jesus pelos nossos pecados é incomparavél. Chego até a arriscar a dizer que Deus sofreu intençamente por ter que entregar seu filho amado para que tivessemos a vida plena sem o pecado original e Jeus Cristo também sofreu pelo seu cálice. Porém ambos demonstraram firmesa em cumprir com o seus próposito. E é nesta conficção que devemos seguir, nos distânciando de tudo que nos afasta de Deus.

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