domingo, 18 de abril de 2010

Águas de abril


É pau, é pedra, é o fim do caminho. São as águas de março-abril levando tudo de roldão. Veio a frente fria, com a frente as chuvas e com as chuvas as enchentes e desmoronamentos. A tragédia (novamente) se abateu sobre o estado do Rio, notadamente em Niterói. Para muitos – mais de duas centenas – foi literalmente o fim do caminho.
Já discorremos anteriormente que desgraças não vêm de Deus. Deus pode ter mandado a chuva, mas não autorizou a construção de residências sobre montanhas de lixo, nem urbanizou o local. A irresponsabilidade e a omissão foram as causas do desastre. Não faço aqui referência as vitimas, afinal, essas foram vitimas até certo ponto inocentes. Menciono a irresponsabilidade e omissão das autoridades, dos governantes, estes sim, culpados pela tragédia. A população mais carente, deseducada e mal informada constrói de forma irregular e inadvertidamente onde não deveria construir, com a conivência das autoridades governamentais. As autoridades quando não permitem se omitem.
Até quando demagogos que só pensam em si governarão nossos municípios, nossos estados, nosso país? Até quando teremos congressistas que só legislam em causa própria e judiciário que julga conforme sua conveniência? Até quando continuarão permitindo construções em locais impróprios, até quando verbas destinadas à educação e saúde serão desviadas, até quando?
Que nosso Deus altíssimo se apiede de nós, pois só a ele podemos recorrer: “Deus é nosso refúgio e nossa força; mostrou-se nosso amparo nas tribulações. Por isso, a terra pode tremer, nada tememos; as próprias montanhas podem se afundar nos mares. Ainda que as águas tumultuem e com fúria venham abalar os montes, está conosco o Deus de Jacó”. (Salmo 45)

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