Para que a proclamação da Palavra seja eficaz, é necessário que ela se faça com a força impactante da profecia, com audácia (parhessia), capaz de ressoar nas raízes da pessoa lá onde Deus plantou o desejo de encontrá-lo. Ao ouvir o querigma a pessoa deveria poder experimentar a Morte e Ressurreição do Senhor como mistério que a envolve e lhe afeta profundamente a própria existência. Quem o proclama, se não o faz de dentro desta mesma experiência, não estará falando de uma realidade atual que lhe toca as raízes e, por isso, tornasse incapaz de fazer uma proclamação que leve à conversão (Doc 80, pág. 26). Sem dúvida a voz profética da igreja é uma indicação ao exercício do nosso ministério, que de fato, por meio de um anúncio inflamado, ousado, mudará as realidades atuais com combatividade e mais do que nunca a pregação ousada, parte daquilo que cremos e cremos naquilo que experimentamos, por formar assim o nosso caráter, a identidade ou ainda o selo do pregador, pois anunciar o Evangelho não é glória para nós; é uma obrigação que nos é imposta. Ai de nós, se eu não anunciarmos o Evangelho! (Cf. I Cor 9, 16).
O profeta tem como missão hoje de encorajar o povo de Deus a confiar exclusivamente na graça, e no Seu poder, como também avisar ao povo que sua segurança depende da fidelidade à aliança pelo sangue de Cristo, o dever de encorajar Israel (a igreja) é constitutivo da nossa pregação que tornará presente na vida das pessoas as coisas eternas. Somos chamados a sermos criadores da esperança, anunciadores de que o povo de Deus deve ser preparado para Ele na glória, mesmo que no momento presente seja ela incutida pelo mau testemunho de alguns dos seus membros, porém não seja acuada pela pressão de um mundo ímpio. Isto nos põe diante de uma verdade que não se pode ignorar devemos encorajar o povo a permanecer fiel no compromisso com Deus, a confiar Nele e não arrefecer de sua missão neste mundo.
Assim como Novo Testamento, encontramos profetas na Igreja e a profecia é mostrada sendo um dom ou carisma como o exemplo mostrando na missão de Paulo (At 21, 11-12) e vemo-lo profetizando uma grave fome no Império Romano (At 11, 27-30). Mas o fato está aqui: a Igreja está edificada sobre o fundamento dos “apóstolos e profetas” (Ef 2, 20), como a comunidade do passado, Israel, estava edificada sobre “sacerdotes e profetas”. Do sacerdotalismo judaico, que é o levitismo do templo, cede lugar à Palavra profética. Constituir o profetismo nos tempos de hoje é reviver a angústia de Jeremias revelado em um homem que vê o que está por acontecer ao seu povo e que sofre com isso, que é tomado de uma inquietude interior. Ele não se alegra com o que vê, mas chora por causa dela: “Ah! Minhas entranhas! Minhas entranhas! Eu me contorço em dores. Oh! As paredes do meu coração! Meu coração se agita! Não posso calar-me, porque ouves, ó minha alma, o som da trombeta, o alarido de guerra” (Jr 4, 19).
“Por isso, nós, como discípulos e missionários de Jesus, queremos e devemos proclamar o Evangelho, que é o próprio Cristo. Anunciamos a nossos povos que Deus nos ama, que sua existência não é uma ameaça para o homem, que Ele está perto com o poder salvador e libertador de seu Reino, que Ele nos acompanha na tribulação, que alenta incessantemente nossa esperança em meio a todas as provas. Os cristãos são portadores de boas novas para a humanidade, não profetas de desventuras” (DA 29). O profeta é um embaixador de Cristo inserido no povo de Deus com a missão de conduzir-los na Palavra de Deus e na doutrina da Igreja para os preceitos da aliança, e proclama, em nome de Deus, a maneira correta de proceder. Ele fala não apenas em nível individual, mas também em nível coletivo em uma instrução voltada à conversão. Pois denuncia o pecado individual e estrutural e aponta o caminho correto: o arrependimento.
“Porque não ousaria mencionar ação alguma que Cristo não houvesse realizado por meu ministério, para levar os pagãos a aceitar o Evangelho, pela palavra e pela ação, pelo poder dos milagres e prodígios, pela virtude do Espírito. Vê-lo-ão aqueles aos quais ainda não tinha sido anunciado; conhecê-lo-ão aqueles que dele ainda não tinham ouvido falar” (Rm 15, 18-19a.21b).
Por James Apolinário – RCC CE
O profeta tem como missão hoje de encorajar o povo de Deus a confiar exclusivamente na graça, e no Seu poder, como também avisar ao povo que sua segurança depende da fidelidade à aliança pelo sangue de Cristo, o dever de encorajar Israel (a igreja) é constitutivo da nossa pregação que tornará presente na vida das pessoas as coisas eternas. Somos chamados a sermos criadores da esperança, anunciadores de que o povo de Deus deve ser preparado para Ele na glória, mesmo que no momento presente seja ela incutida pelo mau testemunho de alguns dos seus membros, porém não seja acuada pela pressão de um mundo ímpio. Isto nos põe diante de uma verdade que não se pode ignorar devemos encorajar o povo a permanecer fiel no compromisso com Deus, a confiar Nele e não arrefecer de sua missão neste mundo.
Assim como Novo Testamento, encontramos profetas na Igreja e a profecia é mostrada sendo um dom ou carisma como o exemplo mostrando na missão de Paulo (At 21, 11-12) e vemo-lo profetizando uma grave fome no Império Romano (At 11, 27-30). Mas o fato está aqui: a Igreja está edificada sobre o fundamento dos “apóstolos e profetas” (Ef 2, 20), como a comunidade do passado, Israel, estava edificada sobre “sacerdotes e profetas”. Do sacerdotalismo judaico, que é o levitismo do templo, cede lugar à Palavra profética. Constituir o profetismo nos tempos de hoje é reviver a angústia de Jeremias revelado em um homem que vê o que está por acontecer ao seu povo e que sofre com isso, que é tomado de uma inquietude interior. Ele não se alegra com o que vê, mas chora por causa dela: “Ah! Minhas entranhas! Minhas entranhas! Eu me contorço em dores. Oh! As paredes do meu coração! Meu coração se agita! Não posso calar-me, porque ouves, ó minha alma, o som da trombeta, o alarido de guerra” (Jr 4, 19).
“Por isso, nós, como discípulos e missionários de Jesus, queremos e devemos proclamar o Evangelho, que é o próprio Cristo. Anunciamos a nossos povos que Deus nos ama, que sua existência não é uma ameaça para o homem, que Ele está perto com o poder salvador e libertador de seu Reino, que Ele nos acompanha na tribulação, que alenta incessantemente nossa esperança em meio a todas as provas. Os cristãos são portadores de boas novas para a humanidade, não profetas de desventuras” (DA 29). O profeta é um embaixador de Cristo inserido no povo de Deus com a missão de conduzir-los na Palavra de Deus e na doutrina da Igreja para os preceitos da aliança, e proclama, em nome de Deus, a maneira correta de proceder. Ele fala não apenas em nível individual, mas também em nível coletivo em uma instrução voltada à conversão. Pois denuncia o pecado individual e estrutural e aponta o caminho correto: o arrependimento.
“Porque não ousaria mencionar ação alguma que Cristo não houvesse realizado por meu ministério, para levar os pagãos a aceitar o Evangelho, pela palavra e pela ação, pelo poder dos milagres e prodígios, pela virtude do Espírito. Vê-lo-ão aqueles aos quais ainda não tinha sido anunciado; conhecê-lo-ão aqueles que dele ainda não tinham ouvido falar” (Rm 15, 18-19a.21b).
Por James Apolinário – RCC CE
Prepare a Igreja para chegada do Anjo da Morte o fogo consumidor.
ResponderExcluirCaro Martins, "os cristãos são portadores de boas novas para a humanidade, não profetas de desventuras". §4-ln7.
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