quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Cinzas

“Carnaval desengano, deixei a dor em casa me esperando” – linda poesia, linda canção, mas não é mais minha realidade. Neste carnaval permaneci com Jesus, alegria que não me abandona nunca e está comigo onde quer que eu vá.
Quantos cristãos, pessoas de Deus se desviaram nesse carnaval. Ateus e indiferentes a Deus costumam brincar o carnaval – alguns se acabam (literalmente) – sem traumas ou culpas, embora grande número reencontre a dor, as frustrações e as carências na quarta feira. O crente, porém, que se desvia o faz com sentimento de culpa, mas ainda assim faz. O verbo desviar aqui usado, não é brincar o carnaval; isso pode ser feito de maneira sã, sem excessos, de modo a não ofender os preceitos cristãos. Desviar é desviar mesmo: sair do caminho, tomar outra via, perder o rumo. Não poucos se dizem cristãos, mas agem como pagãos.
Carnaval em si não é pecado. Como, porém, os ambientes típicos de carnaval não são modelos de virtude, é salutar que o cristão os evite. Evitá-los como se deve evitar qualquer ocasião de pecado para não cair em tentação. Quem é cristão e ainda assim gosta de carnaval, procure um ambiente propicio: os rebanhões e encontros de carnaval de comunidades católicas; em Curitiba havia (não sei se ainda existe) uma escola de samba evangélica.
Caríssimo irmão, cristão autêntico, evite o carnaval mundano. Não que ele seja errado, mas pelo que há de errado nele. Caso você tenha desviado o caminho e tropeçado: “Por isso agora ainda voltai a mim de todo o coração com jejuns, lágrimas e gemidos de luto. Voltai ao Senhor vosso Deus porque Ele é bom e compreensivo, longânime e indulgente” (Joel 2,12-13).

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