Na igreja, joelhos no chão diante
do Sacrário adorando Jesus Eucarístico, tive a atenção despertada por passinhos
de criança correndo. Observei uma menininha parar diante do presépio montado
junto ao altar e embevecida chamar pela mãe para também essa apreciar a beleza
do presépio. Diante do Senhor e para o Senhor, refleti que a menina completava
o cenário. Era como se algo faltasse a cena do presépio e aquela criancinha suprisse
essa ausência. Aquela criança diante da imagem do menino Jesus no presépio, nos
representava. Ali estava toda a humanidade, tal qual Deus Pai nos havia criado,
com a pureza de uma criança.
Na passagem do Evangelho de
Mateus, capitulo 18, versículos de 2 a 5, Jesus nos exorta a sermos como
crianças, pois só assim seremos
merecedores do reino do céu. Ser como crianças para estar com Jesus na
eternidade; voltar no tempo, ter atitudes infantis, ser ingênuo como uma
criança?
Não. Jesus não nos pede atitudes
pueris, ele pede que tenhamos alma de criança. Que sejamos como crianças na
pureza de pensamentos, nos sentimentos, no despojamento, na afabilidade e por
que não dizer na dependência? Como a criança depende dos pais, dependemos todos
de Deus.
Se hoje em dia as crianças perdem
a pureza original cada vez mais cedo, não é culpa delas, sim do ambiente que as
cercam. Ao invés da partilha, são incentivadas ao individualismo; ao invés do
amor, são incentivadas a desconfiança; ao contrário da concórdia, são
incentivadas a competição. Daí nos transformam nos adultos que somos.
Por isso disse Jesus que só estará
com ele em Seu Reino quem for puro como uma criança. Retornemos as origens, sejamos
como criancinhas nos braços do Pai!
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