Sabemos que ao ser batizados
todos recebemos uma marca. Marca invisível e indelével (irremovível). Esta
marca significa sinal de pertença ao Senhor ao qual somos consagrados no
momento da imersão ou da aspersão da água sobre o batizando. Na unção do batizando
com o óleo do crisma sobre o peito e
fronte, passamos a ser pertença de Deus, pois aí passamos a ser templo e morada
do Espírito Santo; no batismo propriamente dito, com a água que é a matéria,
sem a qual não pode haver o sacramento, o rito se completa e a partir daí,
lavados pela água da mácula do pecado original e sendo infuso em nós o Espírito
Santo, a marca indelével do Batismo nos é imposta.
No mundo insano em que estamos –
estamos, mas a ele não pertencemos – muitos estão marcados e marcados como gado
que vai ao matadouro. Marcados pelo pecado, pela impureza, pelo ateísmo
anticristão; como gado a caminho do matadouro, pois sabemos que o pecado leva a
morte, não morte física – pois essa é inevitável para todos – e sim morte no
sentido transcendental, pois que é o afastamento definitivo de Deus.
Entretanto, graças a benevolência de nosso grande Deus a marca do mundo não é
perene, pode ser retirada; retirada no perdão concedido no sacramento da
reconciliação, após arrependimento sincero e confissão dos pecados.
O Batismo católico não é um
sacramento penitencial, como o batismo conferido por João Batista; é antes de
tudo, sacramento de iniciação, inspirado no batismo recebido por Jesus, o qual
a partir daí dá inicio a sua Missão Salvífica. O nascimento de um homem, uma
mulher, ocorre no parto do bebê, mas o nascimento do cristão se dá no ato do
batismo. A partir do Batismo Sacramental, como foi dito no inicio do texto,
passamos a pertencer a Deus, na pessoa de Cristo. O Batismo nos confere a
dignidade de filhos adotivos de Deus na Santíssima Trindade, já que somos
batizados em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo. Pertencemos ao Pai em
nome de Jesus Cristo pelo poder do Espírito Santo. E isso é irrevogável!
A marca do mundo pode ser
apagada, mas o sinal de Deus em nós, jamais. Por isso não importa o que viermos
a ser, uma vez batizados, sempre batizados e isso acontece apenas numa única
vez. Todos nós batizados somos filhos
do mesmo Pai Eterno, portanto irmãos. E assim, como irmãos devemos conviver;
fraternalmente, amando da mesma forma como o Senhor nos ama. Amar o Senhor de
todo o coração, e amar ao próximo como a si mesmo é o dever de todo cristão, de
todo batizado. Façamos jus ao sinal de Cristo em nós.
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