sábado, 26 de outubro de 2019

Jesus Cristo é o Senhor



A Bíblia na carta de São Paulo aos Filipenses, capitulo 2, versículos de 5 ao 11 nos relata: “ Dedicai-vos mutuamente a estima que se deve em Cristo Jesus. Sendo ele de condição divina, não prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz. por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus todo o joelho se dobre no céu, na terra e nos infernos. Toda língua proclame para a glória de Deus Pai que Jesus Cristo é o Senhor.” Deus o exaltou soberanamente, ou seja, de forma total e conclusiva, tornando-o superior a todos os nomes, e sabendo o que significava para o povo judeu a importância do nome, o qual representava a própria pessoa, podemos afirmar que há de chegar o dia em que todos os homens estarão curvados diante de Jesus, ou mesmo ao ser simplesmente pronunciado o seu nome.
Estamos voltando do congresso nacional da Renovação Carismática Católica, na cidade de Cachoeira paulista, estado de São Paulo, precisamente, da Canção Nova, cujo tema foi Jesus Cristo é o Senhor. Atentem: Jesus Cristo é o Senhor, não simplesmente senhor; Ele é O SENHOR! Isto é significativo, pois o artigo definido “o”, indica que Ele é único. Único senhor de nossa vida. Da minha vida, da sua vida, da nossa vida. Senhor de todos os senhores. Senhor divino e eterno, superior a todo senhor temporal.
Sendo de condição divina disso não se prevaleceu, fazendo-se como nós. Desceu de seu trono de glória, porém sem perder majestade e poder. Atemporal, enclausurou-se no tempo; imortal como Deus, submeteu-se a morte, morte cruenta e humilhante, morte no pior instrumento de suplicio de seu tempo, morte na cruz. Venceu a morte, pois Jesus é Senhor da vida, é a própria vida. Ao morrer na cruz nos lavou das iniquidades e nos oferece a salvação; ao ressuscitar nos abriu as portas do céu, dando-nos a esperança da eternidade.
Jesus é um com o Pai e o Espírito Santo, é Deus. E do alto dos céus com o Pai nos dá o seu Espírito, pois somente sob ação do Espírito Santo podemos proclamar verdadeiramente que Jesus Cristo é o Senhor. Sem o Espírito Santo, ou seja, carnalmente podemos até dizer que Jesus é Senhor, mas dessa forma só dizemos. No Espírito, porém, não só dizemos, na verdade vivemos, assumimos o senhorio de Jesus em nossa vida. E assumir o senhorio é submeter-se à vontade, obedecer ao senhor, segui-lo, imitá-lo. É fazer aquilo que ele quer. O que Deus quer e espera de nós é que nos abramos a ação do Espírito Santo e segundo a sua vontade, sigamos Jesus, caminho verdade e vida, obedecendo em tudo, vivendo o evangelho pleno, apossando-se da Palavra de cura, libertação, salvação, sem no entanto esquecer-se das cruzes. O próprio Jesus para alcançar a glória eterna passou pela transitoriedade da cruz.


sexta-feira, 18 de outubro de 2019

NOITE VAZIA



Conheço pessoas que segundo elas próprias, só funcionam à noite. Na verdade esses notívagos são insones, em grande maioria devido a preocupações, problemas insolúveis, questões existenciais. Não conseguem dormir a noite, passam o dia sonolentos e portanto, indispostos para os afazeres cotidianos, dessa forma tornando-se improdutivos durante o dia. Alguns de maneira pragmática aproveitam a insônia para por em ordem as tarefas pendentes, já que à noite lhes é propicia ao trabalho, devido à falta de sono – aparentemente estão mais bem dispostos. Só conseguem dormir pouquíssimas horas na madrugada e pensam que necessitam somente desse breve período de sono.  
Outros tantos não têm nada a fazer e passam a noite num imenso vazio. Não rendem o suficiente durante o dia, não trabalham à noite, não dormem. Veem TV, ouvem rádio, leem, navegam na web; tudo de modo disperso, sem atenção, como verdadeiros autômatos. Noite vazia, coração vazio, mas mente cheia. Cheia de pensamentos vãos, fuga da realidade, pensamentos mórbidos. São pessoas pessimistas, irritadiças, irascíveis; enfim, sofridas e mal humoradas.
Trabalho noturno é normal em alguns casos: plantões médicos e policiais, turnos em fábricas, vigilância, etc. Porém nos casos acima, ambos não vivem situação normal, carecem de tratamento médico e indo além, necessitam de muita oração, principalmente aqueles que passam a noite num grande vazio existencial. Esse oco só pode ser preenchido pelo Espírito Santo. Espírito Santo que vivifica, reanima, que ilumina, norteia, que conduz, dirige a vida daqueles que a Ele se entregam e se deixam guiar.
Caríssimo(a), se você se encontra nessa situação e não procurou assistência médica, não deixe de fazê-lo. Mas também procure assistência espiritual, buscando um grupo de oração, buscando o sacramento da penitencia/reconciliação e fazendo uma boa confissão. A oração de cura interior é de grande eficácia; tanto quanto, ou mais, que as pílulas para dormir. Sabemos que os problemas ditos insolúveis, não são tão insolúveis assim; tudo tem solução. Pode não ter para nós, mas para Deus tudo é possível! As preocupações deixarão de existir, pois com o auxilio prestimoso do Espírito Santo tudo será posto em seu lugar no devido tempo. Quanto a questões existenciais, Deus dá sentido à vida quando a Jesus, guiados pelo Espírito Santo, nos entregamos. 
Não haja mais noites vazias; que elas sejam plenas da presença de Deus num sono suave e restaurador. Que seja assim. 


sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Jesus é nossa paz



“Pedi, vós todos, a paz para Jerusalém, e vivam em segurança os que te amam. Reine a paz em teus muros e a tranquilidade em teus palácios. Por amor de meus irmãos e meus amigos pedirei a paz para ti. Por amor da casa do Senhor, nosso Deus, pedirei para ti a felicidade.” (Sl 121,6-9).
Frente à pergunta: o que mais desejam, a resposta predominante é paz. Paz no mundo, paz na cidade, paz no bairro, paz na família. No entanto, essa paz não depende exclusivamente de cada um em si. Depende da coletividade, da sociedade, dos governos. Porem, a paz interior, essa depende de cada um de nós, com o auxilio inestimável do Espírito Santo.
Quando se está em paz (consigo mesmo), quando a consciência está tranquila, quando a alma esta lavada, tudo suportamos. Isso não significa isolamento, alienação; como cristãos nos preocupamos com o irmão, com o próximo. Assim, a falta de paz no mundo nos mobiliza na medida da nossa misericórdia.
Disse Jesus: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz; não a dou com o mundo dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14,27). Eis a verdadeira paz. Quantos de nós buscamos a felicidade e a paz nas coisas exteriores, na posse de bens materiais, no ter, no poder; esquecemo-nos que a verdadeira paz vem de dentro para fora, não de fora para dentro. A verdadeira paz nos é infundida no coração por Jesus, via Espírito Santo.
Deus nos oferece sua Paz. Cabe a nós desejá-la, aceitá-la. Abrir o coração e deixar-se inundar pela paz, pela luz, pelo amor. A paz do Senhor Jesus esteja e permaneça sempre em nós.

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

A Marca Indelével do Batismo



Sabemos que ao ser batizados todos recebemos uma marca. Marca invisível e indelével (irremovível). Esta marca significa sinal de pertença ao Senhor ao qual somos consagrados no momento da imersão ou da aspersão da água sobre o batizando. Na unção do batizando com o óleo do crisma  sobre o peito e fronte, passamos a ser pertença de Deus, pois aí passamos a ser templo e morada do Espírito Santo; no batismo propriamente dito, com a água que é a matéria, sem a qual não pode haver o sacramento, o rito se completa e a partir daí, lavados pela água da mácula do pecado original e sendo infuso em nós o Espírito Santo, a marca indelével do Batismo nos é imposta.
No mundo insano em que estamos – estamos, mas a ele não pertencemos – muitos estão marcados e marcados como gado que vai ao matadouro. Marcados pelo pecado, pela impureza, pelo ateísmo anticristão; como gado a caminho do matadouro, pois sabemos que o pecado leva a morte, não morte física – pois essa é inevitável para todos – e sim morte no sentido transcendental, pois que é o afastamento definitivo de Deus. Entretanto, graças a benevolência de nosso grande Deus a marca do mundo não é perene, pode ser retirada; retirada no perdão concedido no sacramento da reconciliação, após arrependimento sincero e confissão dos pecados.
O Batismo católico não é um sacramento penitencial, como o batismo conferido por João Batista; é antes de tudo, sacramento de iniciação, inspirado no batismo recebido por Jesus, o qual a partir daí dá inicio a sua Missão Salvífica. O nascimento de um homem, uma mulher, ocorre no parto do bebê, mas o nascimento do cristão se dá no ato do batismo. A partir do Batismo Sacramental, como foi dito no inicio do texto, passamos a pertencer a Deus, na pessoa de Cristo. O Batismo nos confere a dignidade de filhos adotivos de Deus na Santíssima Trindade, já que somos batizados em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo. Pertencemos ao Pai em nome de Jesus Cristo pelo poder do Espírito Santo. E isso é irrevogável!
A marca do mundo pode ser apagada, mas o sinal de Deus em nós, jamais. Por isso não importa o que viermos a ser, uma vez batizados, sempre batizados e isso acontece apenas numa única vez.   Todos nós batizados somos filhos do mesmo Pai Eterno, portanto irmãos. E assim, como irmãos devemos conviver; fraternalmente, amando da mesma forma como o Senhor nos ama. Amar o Senhor de todo o coração, e amar ao próximo como a si mesmo é o dever de todo cristão, de todo batizado. Façamos jus ao sinal de Cristo em nós.