sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Fonte de Água Viva



“Bendito o homem que deposita a confiança no Senhor, e cuja esperança é o Senhor. Assemelha-se à árvore plantada perto da água, que estende as raízes para o arroio; se vier o calor, ela não temerá e sua folhagem continuará verdejante; não a inquieta a seca de um ano, pois ela continua a produzir frutos” (Jr 17,7s).
Confiar no Senhor Deus, Deus de toda consolação, de amor inestimável, misericórdia infinita. Deus que é poder supremo e nos nutre com sua graça. A Palavra acima nos convida a confiar e confiar naquele que é plenitude; plenitude da graça, do amor, da justiça, da fidelidade.
 Longe de Deus somos como espinheiros numa terra árida e poeirenta. Somos como que intocáveis, pois na secura e vazio da alma, somos suscetíveis de ferir quem se aproxima e nos toca. Somos inférteis, ou então produzimos frutos amargos e travosos. Assim é a vida daqueles que ao invés de Deus confiam em si próprios, julgando-se autossuficientes, numa atitude de extrema soberba. São como a figueira improdutiva do Evangelho segundo Lucas, cap. 13,6.
A palavra em Jeremias que abre esta reflexão nos mostra claramente que se quisermos frutificar e frutificar sempre faz-se necessário entregar-se inteiramente a Deus. A Palavra nos atesta que se estivermos enraizados junto à fonte de água viva (Deus na Santíssima Trindade) teremos tudo que Ele nos oferece: o refrigério, o conforto, a segurança, as virtudes, enfim a felicidade autêntica que só podemos encontrar nele.
Voltando à figueira de Lucas 13, a partir do versículo 7 o senhor do campo tencionava derrubá-la pois ela era infrutífera; o agricultor interveio e argumentou que ela poderia dar figos se bem cuidada. Esta figueira nos representa; com os cuidados devidos, regada no tempo a na medida certa ela poderá frutificar. Irrigando-nos com a água viva, o Espírito Santo, encontramos Jesus, o Filho, que apresenta e oferece o regaço acolhedor do Pai Eterno. Daí se poderá fruir no coração frutos de amor, de esperança e de justiça. 



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