Tristeza, muita tristeza causou
aos corações sensíveis a atitude desesperada daquele pai no Rio de Janeiro, no
fim de semana passado (outubro 2009). Ao tomar conhecimento de que o filho sob
efeito de droga assassinara a namorada, este pai indo contra os ditames do
paternalismo irresponsável, entrega o próprio filho a policia, o qual é preso
ainda no local do crime. Atitude de desespero daquele pai que não via saída
para o filho entregue as drogas há anos. Consta que o homem havia tentado por
diversas vezes internar o filho viciado em crack, mas não logrou êxito, pois
nosso sistema de saúde é falho, principalmente nesta questão. Alega-se que
ninguém pode ser submetido a nenhum tratamento, internação ou que tais, contra
a própria vontade, ou seja, à força, a não ser que represente ameaça imediata
contra a sociedade. A questão é: os escravos do vicio têm vontade própria? Os
drogados não representam perigo, mormente para seus familiares e os mais
próximos?
Eis de forma patética e comovente
a realidade das drogas e drogados. A sociedade, os intelectualóides, artistas,
gente da mídia, estes que são formadores de opinião (não todos, mas número
considerável) de maneira hipócrita e irresponsável fazem apologia às drogas,
alguns de modo velado e camuflado, outros abertamente. Em vista deste e de
outros casos repercutidos na imprensa, é licito, é moralmente correto propagar
e defender o livre arbítrio ao usuário de drogas (referência a essa questão,
naturalmente) e a legalização das drogas?
Os partidários da legalização das
drogas argumentam que tabaco e álcool são drogas legais e que o álcool é
responsável por tantas ou mais desgraças que maconha, cocaína, etc. Têm razão.
Mas um erro não justifica outro. Alegam também que maconha é uma droga leve e
inconsequente. Sem trocadilho, é leve, mas leva a outras mais pesadas; como inconsequente
se a consequência é cocaína e
crack?
Tantas indagações e uma só
resposta: falta-nos bom senso. Falta-nos discernimento para distinguir o bem do
mal, o prazer licito da ilicitude do prazer. As drogas jamais devem ser
legalizadas, haja vista que em outros paises essa experiência não foi bem-sucedida.
É sensato porém que o usuário ou viciado não seja tratado como criminoso, no
entanto seja reprimido. As drogas levam ao relatado acima; lares destroçados,
famílias enlutadas, corações feridos, profundamente feridos. E para curar
definitivamente esses corações somente Deus.
Voltaremos ao assunto.
O texto acima foi escrito em
27/10/2009, mas permanece atualíssimo.
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