Zapeando o televisor vi e ouvi estarrecido
trecho de dois programas; o primeiro, com a presença de vários adolescentes
incentivava o uso livre de preservativos (a famigerada camisinha). No outro uma
mulher fazia aberta apologia ao aborto. O estarrecedor não foi tanto o conteúdo
dos programas em si – já tão corriqueiros na TV – porém o fato de serem
veiculados em emissoras consideradas educativas e uma delas pública.
A desmoralização das virtudes
(castidade, abstinência), a cultura da morte (aborto, eutanásia), os contra
valores (adultério, homossexualismo), são de forma ora sutil, ora
despudoradamente, apregoadas nos meios de comunicação, notadamente a televisão.
Isto já soa como normalidade, embora imoral. O que na realidade nos choca (nós
cristãos, nós que buscamos o caminho da verdade, nós que sonhamos viver num
mundo melhor), é o patrulhamento das mentes com a condenação sumária dos que
pensam diferente, ou seja, os que prezam os valores morais, a ética, a justiça,
o direito à vida.
A liberdade de expressão e certos
direitos só existem para esta ou aquela minoria que se diz perseguida e/ou
discriminada. Aí então pululam aproveitadores que se dizem quilombolas (gente
que nem ao menos sabe o que foi um quilombo), pseudo negros de plantão (gente
de pele clara, que se declara negro porque tem um bisavô mulato, só e tão
somente para se aproveitar do sistema da reserva de cotas nas universidades).
Por aí vai o “tirar vantagem”, a famosa lei de Gerson. Isso não é o pior, é na
verdade um caso de abuso de direito e desonestidade. O pior é tentar inculcar
na mente da população que aborto é um direito da mulher, que homossexualismo é
algo natural e expressão de amor, que certas drogas deveriam ser
descriminalizadas, que adultério é aceitável, notadamente o masculino, já que o
homem por natureza teria tendência poligâmica e a mulher pelo principio da
igualdade teria o direito de pagar na mesma moeda. Quanta leviandade!
Liberdade de expressão e alguns
direitos só existem para alguns, repito. Quem pensar diferente, quem navegar
contra a maré, quem nadar contra a corrente, quem falar ou agir de maneira
contrária é perseguido, acuado, execrado. Por isso pessoas de bom senso que
intrepidamente ainda se dispõem a tomar posição contra a insanidade moral que
grassa na sociedade, são tachados de preconceituosos; por isso a Igreja,
reserva moral da sociedade, é vilmente atacada; por isso homens e mulheres,
cristãos ou não, que defendem os bons costumes e a moral são impiedosamente
calados, sendo-lhes tirado o direito de opinar. É a cruel ditadura das
minorias. É a praga (praga mesmo!) do politicamente correto.
Querem nos amordaçar. Que
importa? “Tenho que falar, tenho que gritar, ai de mim se não o faço...” E
mesmo que consigam calar a nossa voz, as pedras falarão.