sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Rocha Firme


Pessoas mal informadas ou mal intencionadas, ou ambos, atacam de forma vil a Igreja. Atiram pedras, lançam setas e destilam seu veneno como se pudessem contra ela. Nos dois mil anos de sua história tentaram de tudo: perseguição cruenta, heresias, cizânia, calunias e tudo que se possa imaginar. E a Igreja firme, impoluta. Tudo o mais ruiu, esfacelou-se, soçobrou. O Império Romano deixou de existir – Tu vencestes ó Galileu (Imperador Juliano). O sangue dos mártires é semente de novos cristãos (Tertuliano). – A reforma protestante deu no que deu: divisões, divisões e divisões. Do comunismo o que sobrou? Apenas alguns políticos anacrônicos. Mas a perseguição continua.

De maneira infame acusam a Igreja de obscurantista e retrógrada, de cruel e até de assassina.   Mal informados, que busquem aprender para saber do que falam; aí provavelmente mudarão de opinião. Rever talvez o enfoque histórico, para mudar um pouco o que os livros de história nas escolas tentam pregar. Aprende-se que a Igreja Católica é arcaica, violenta, graças às Cruzadas, a Inquisição, e o impedimento das ciências. Pura balela. Se soubessem que a Igreja foi a maior promotora das artes e ciência, sendo responsável pela abertura de universidades como Oxford, Sorbone, Coimbra, entre outras; que os islâmicos assolaram a Europa durante a sua expansão, sempre contra a Igreja Católica; que os protestantes promoveram verdadeiro morticínio com fogueiras e degolas aos que não aceitavam trocar de religião, talvez compreendessem mais a Santa Igreja Católica e a difícil missão de passar por todas essas dificuldades, e se manter.

 Infelizmente muitos são mal intencionados, maldosos e a estes interessam tão somente fomentar o descrédito contra a Igreja Católica. Gente de mentalidade abortista, pregadores da cultura da morte, favoráveis a união civil de homossexuais, a promiscuidade sexual entre os jovens, a desagregação da família, a corrupção dos valores morais. A estes interessam desacreditar a Igreja e seus representantes. Apontam a metralhadora giratória e saraivadas de mentiras são disparadas.

Supõem que a Lei de Deus (os mandamentos bíblicos) e a doutrina da Igreja (os preceitos baseados na sagrada escritura) sejam volúveis como as leis humanas e que poderiam ser mudados ao sabor das veleidades contemporâneas. Pecado é pecado hoje como era há quatro mil anos. As leis naturais não podem ser revogadas. Um objeto seguro pelas mãos vai ao chão ao ser solto; assim acontecia nos tempos de Moisés e continua acontecendo hoje. A lei da gravidade não pode ser alterada por uma canetada jurídica, tampouco as leis de Deus.  

A perseguição continua e a Igreja continua de pé, assentada em rocha firme. E assim permanecerá até o fim dos tempos, quando o Senhor virá resgatá-la; virá resgatar a Igreja e todos os que estiverem em sintonia com ela (Aqui refiro-me aos irmãos separados que vivem a essência do amor cristão) ou seja, os verdadeiros cristãos.

Continuam investindo contra ela, como quixotes contra moinhos de vento. De nada valerá; a Igreja está assentada em rocha firme. Ela não é simples instituição humana, é constituída pelo próprio Cristo. Ela é o próprio corpo de Cristo, sendo Ele mesmo a cabeça desse corpo místico. “Eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado no céu e tudo que desligares na terra será desligado no céu”.(Mt 16,18s).     

Os mal informados que se informem. Os mal intencionados sejam alcançados pela misericórdia de Deus.   





sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

SER FELIZ


Diz a letra de uma bela canção popular: "A felicidade é como a pluma que o vento vai levando pelo ar. Voa tão leve, mas tem a vida breve; precisa que haja vento sem parar. A felicidade é como a gota de orvalho numa pétala de flor; brilha tranquila, depois de leve oscila e cai como uma lágrima de amor".
Belíssima poesia; no entanto não condiz com a felicidade cristã. Nossa felicidade não é efêmera como sugerem os versos da canção. Nossa felicidade não é baseada em fatos, pessoas ou coisas - se bem que isto possa concorrer para sermos felizes - não como fundamento, mas de maneira completiva.
A felicidade real não vem de fora, brota do coração pela presença viva de Jesus em nosso interior. Somos felizes quando temos Cristo Jesus no coração. Pois Jesus nos confere sua Paz, sua Alegria, seu Amor, sua Amizade. Quem tem Jesus tem tudo, portanto é feliz. A Palavra de Deus em Lc 12,31 e Mt 6,33 nos diz: "Buscai primeiro o Reino de Deus e sua Justiça e todas as demais coisas vos serão acrescentadas".
  Busquemos o Senhor; deixemo-nos conduzir pelo Divino Espírito Santo para que voando levemente, não por um vento qualquer de vã doutrina, mas pelo sopro da brisa suave do Espírito de Deus, sejamos realmente felizes. Felizes para sempre.



sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Eis o mistério da fé!

Essas palavras que o sacerdote pronuncia logo após a consagração do pão e do vinho, resumem toda a essência da Santa Missa. Ela é a celebração do mistério da fé, o ápice de toda devoção cristã.

Quem não entendeu o sentido profundo da Missa ainda não compreendeu o sentido profundo do cristianismo e da salvação que Jesus veio trazer aos homens.
A maioria dos batizados não gosta de participar da Missa?
Para uns ela é apenas uma longa cerimônia; para outros, um hábito sociológico, “um peso necessário”, uma obrigação de consciência ou apenas um exercício de piedade. Uns não gostam da Missa porque não gostam do padre que a celebra; outros, porque não gostam do sermão, ou porque a música não está boa, etc. E, assim, ficam apenas no acessório e se esquecem do Essencial.
A Missa é a celebração máxima da fé, porque nela o “mesmo” Sacrifício de Cristo no Calvário se faz presente, se “atualiza”, para que cada um de nós, pessoalmente, e em comunidade, possa em adoração, oferecer o Cristo ao Pai, pela salvação da humanidade.
A Liturgia reza que quando celebramos a Paixão do Senhor sobre o altar, “torna-se presente a nossa redenção”.
Deus, que na Sua misericórdia tinha muitas maneiras de restaurar a humanidade, escolheu esse meio de salvação para destruir a obra do demônio; não recorreu a Seu poder, mas à Sua justiça. Era justo que o demônio só perdesse seu domínio original sobre a humanidade sendo vencido no mesmo terreno onde venceu o homem. Cristo o venceu como homem, com a sua morte e ressurreição; destruindo a morte e a dominação do demônio sobre a humanidade.
É isto que celebramos na Missa; a Vítima Santa se torna presente sobre o altar, agora de maneira incruenta, para salvar, hoje, a humanidade.

Cristo mais uma vez oferece ao Pai o seu Sacrifício perfeito. E a redenção é aplicada a cada um de nós que comunga o Corpo imolado e ressuscitado de Jesus.
Carregando em Si todos os pecados dos homens, de todos os tempos e de todos os lugares, Jesus ofereceu ao Pai um Sacrifício perfeito.
O Pai aceitou essa oblação do Filho amado e, pela ressurreição, garantiu o Seu perdão à humanidade pecadora.
Por Jesus ressuscitado, a humanidade volta a Deus e caminha para a sua ressurreição.
Jesus ressuscitado é a garantia do triunfo dos que n’Ele crêem.
Por Ele todas as criaturas voltam redimidas para Deus, na Sua oblação que se faz perpétua através da Santa Missa.
No santo Sacrifício, o Calvário (o mesmo) se faz novamente presente. As ações de Jesus não se perdem no tempo, porque Ele é Deus, são teândricas; isto é, humanas e divinas.
O pão e o vinho oferecidos representam todo o universo e toda a humanidade que Cristo oferece ao Pai com todas as suas chagas, trabalhos e dores. Ali depositamos também a nossa vida e o nosso ser oferecendo-os também a Deus para fazer a Sua vontade.
Na consagração do pão e do vinho, Jesus – pelos lábios do sacerdote (qualquer que seja ele) – transforma a matéria no Seu Corpo e Sangue.
Pela celebração da Santa Missa, o mundo volta reconciliado para Deus e somos salvos. Ali, cada batizado, cada membro da Igreja, oferece a Deus Pai o Sacrifício perfeito de Seu Filho Jesus. Por isso, não há oferta mais agradável a Deus; não há oração mais completa em mais eficaz.
A Missa é o centro da fé, é o cerne do Cristianismo, é o coração da Igreja, é o centro do universo.

Nela o Senhor nos dá a comungar o Seu Corpo e Sangue. Ele vem morar em nós para ser nosso Alimento e Remédio.
Ele vem a nós para ser o alimento da caminhada, a força contra o pecado, e para transformar nossa vida de homem em vida de filho de Deus.
Pela Eucaristia, Cristo vem para em nós viver e amar os outros e para fazer de nós Seus discípulos e transformadores do mundo pela Sua presença e graça. Quando comungamos, nós nos tornamos, de fato, membros do Corpo de Cristo, unidos a todos os irmãos do céu e da terra. E a redenção do mundo! Nunca compreenderemos totalmente a magnitude da Santa Missa…
Ela é a fonte de onde nos vem a salvação. Por ela, a cada dia, Cristo salva a humanidade.
Quando entendermos bem o significado da missa, a consequência imediata será o desejo de participar dela todos os dias…     

Prof. Felipe Aquino

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

O Mundo em que Vivemos


Estará o mundo perdido? Pelo que vemos nas manchetes dos jornais e TV parece que sim. Desastres naturais e tragédias humanas povoam o noticiário: furacões, terremotos, inundações, acidentes de transito, atentados terroristas, seqüestros, jovens matando e morrendo por quase nada... e assim noticias idênticas se repetem num circulo vicioso.

Por outro lado os atos de generosidade e amor, fraternidade e ternura, solidariedade e compaixão têm pouca, quase nenhuma divulgação. Atitudes preservacionistas com relação à natureza ainda são noticia, porém o que se faz para preservar a vida em todos os sentidos, valorizar o ser humano e não o “ter humano”, não repercutem na mídia.

Atividade vulcânica, furacões, tremores de terra, tempestades e diversas manifestações climáticas, são fenômenos naturais aos quais o homem com toda ciência e tecnologia a seu dispor não consegue controlar. No entanto, o comportamento humano, a ética, a moral, podem e devem ser controladas.

Tal controle não se refere ao domínio sobre o outro, a privação do livre arbítrio, da auto determinação e liberdade individual. Refere-se, outrossim, à educação, ao enquadramento nas leis, respeitando-se obviamente os direitos do cidadão.  Educação não somente nas escolas, mas principalmente nos lares. A família deve ser a grande formadora de cidadãos livres, honestos e solidários. Uma criança amada e amparada, educada segundo os princípios morais universais – aqueles formulados desde o principio do mundo, vigentes hoje e até o final dos tempos – será certamente um adulto cumpridor das leis, ético, fraterno, respeitador e amoroso.    

Não, o mundo não esta perdido. Está apenas doente. Apesar de todos os males da humanidade, da degradação dos costumes, do aviltamento dos valores, da corrupção moral, ainda subsiste gente boa no mundo; muita gente, graças a Deus! Gente que valoriza as instituições, família, igreja. Gente que vê no próximo um irmão e não uma ameaça, um rival. Gente que ama com o mesmo amor com que é amado: o ágape, o filos, o hesed. (respectivamente: amor de Deus Pai; amor filial, fraterno; amor doação). O mundo não está perdido. Está doente, mas tem cura.