quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Não posso viver uma falsa conversão


O joio e o trigo serão separados. Deus quer a nossa conversão.
As crianças, na praia, constroem seus castelos de areia e depois o derrubam, chutam tudo. O inimigo deste mundo faz igual às crianças. O demônio constrói todo um império com injustiças, maldades, ganâncias, doenças, drogas… Tudo a custo de sangue e guerras! E muitas pessoas foram atrás dele.
Agora, ele vai fazer igualzinho às crianças na praia, vai chutar todo esse império e todas as pessoas que estiverem envolvidas com ele.
As pessoas que usam de todos os meios para ter dinheiro e poder criam misérias, mortes, abortos e devastam povos. Essas pessoas estão sob o julgo do inimigo e ele vai destruí-las.
É hora de sairmos dos castelos que ajudamos a construir, porque nenhum de nós pode viver uma falsa conversão. Não podemos nos dizer “convertidos”, mas continuarmos levando uma vida de pecadores, injustos, egoístas, impuros, maliciosos, depravados e corruptos. Não dá para ficar na frente do Senhor de cara lavada, dizendo uma coisa e sendo outra, pois o joio e o trigo serão separados.
É hora de sermos inteiramente do Senhor.

(Mons. Jonas Abib – Cancaonova.com)

domingo, 27 de dezembro de 2015

Livres e fiéis em Cristo


Deus nos criou com o dom maravilhoso e desafiador que é a liberdade. Ele se arrisca a encontrar inclusive respostas negativas ao seu projeto de amor e felicidade para a humanidade. Seu contato com a humanidade, expresso em toda a História da Salvação, inclui um elemento importante, o chamado, apelo, a vocação. A aventura humana pede este confronto de duas liberdades, que podem construir, ao longo dos anos, fecundo relacionamento, cujos frutos contribuem para o crescimento do Reino de Deus, sem excluir as possíveis crises de amadurecimento, já que somos respeitados nos passos a serem dados.
Um homem de nome Amós, vindo do ambiente rural (Am 7, 12-15), cuja experiência é descrita pela Liturgia neste final de semana, é convocado por Deus, para exercer a missão de profeta, com palavras provocadoras e exigentes, em tempos de crise política e religiosa. Deus chama quem ele quer e do jeito que quer, desenraizando, quando necessário, a pessoa do próprio ambiente, concedendo-lhe palavras acertadas que suscitam mudança e conversão. A resposta ao chamado poderia ser negativa, mas a hombridade do homem simples e corajoso pede um compromisso corajoso. Não dá para voltar atrás!
Jesus chamou doze (Mc 6, 7- 13), setenta e dois, centenas e milhares para o seguirem e serem enviados. Houve gente que disse não (Cf. Mc 10, 17-22), entre os que o seguiram houve deserções, traição, negação vergonhosa, pecados! A todos ele faz propostas semelhantes e desproporcionais às capacidades humanas: não levar nada para o caminho, despojamento total, expulsar demônios, curar os enfermos, anunciar a chegada do Reino de Deus. Até hoje é assim, nos diversos dons, ministérios e carismas que são concedidos a todo o povo de Deus. Existe o chamado e as pessoas continuam respondendo, mesmo em meio a tantas mudanças no mundo. E quem o segue deve acolher condições exigentes: "Entrai pela porta estreita! Pois larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram! Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida, e poucos são os que o encontram" (Mt 7, 13-14). O que acontece? Por que este "incômodo" que é seguir Jesus continua a se realizar, malgrado toda uma onda que aparentemente conduz a estradas diversas?
É claro que nosso ângulo de visão é fruto de nossa fé. Estamos convencidos de algumas realidades fundamentais! Fomos feitos por Deus, não somos obra do acaso, por ele somos amados e o mundo não é o espaço dominado pela maldade, mas terra de Deus, pensada por ele para a nossa felicidade, tanto que a Bíblia descreve poeticamente a Criação, falando de um Paraíso! Num mundo de pessoas que apenas pensam em vestir-se bem, outras querem a ociosidade, tantas rejeitam a verdade ou querem criticar todas as coisas, há gente que prefere os valores do Paraíso e o preferem, como santos do porte de um São Filipe Neri, sobre o qual é muito conhecido um filme chamado "Prefiro o Paraíso". Renunciam a grandes carreiras, homenagens, sucesso a qualquer custo. Agrada-lhes outra coisa, o Paraíso! É que o projeto de Deus contempla valores diferentes dos que costumeiramente encontramos como a partilha, a sensibilidade diante das situações dolorosas dos outros, a atenção, a coragem para tomar iniciativas de serviço à sociedade, a superação da impureza e da ganância. Trata-se de preferir o Paraíso, o jeito de Deus ver as coisas!
O Apóstolo São Paulo usa expressões que podem abrir os horizontes de nossa compreensão da realidade humana e dos desígnios de Deus para todos: "Deus nos escolheu em Cristo, antes da fundação do mundo, para sermos santos e imaculados diante dele, no amor. Conforme o desígnio benevolente de sua vontade, ele nos predestinou à adoção como filhos, por obra de Jesus Cristo, para o louvor de sua graça gloriosa, com que nos agraciou no seu bem-amado" (Ef 1, 4-6). Nós fomos escolhidos, antes do mundo ser criado, para sermos santos e imaculados, diante dele, no amor. Ninguém foi feito para o egoísmo ou para o pecado. Optar pela maldade é possível, mas é processo de autodestruição, e Deus não fez ninguém para ser infeliz!
Aqui tocamos num ponto delicado. Há um destino traçado, do qual não podemos fugir? Será que não posso escolher jogar tudo para o alto, considerando-me livre para fazer o que quiser? Só posso ser feliz em Deus? São perguntas desafiadoras e incômodas! Só Deus é capaz de propor aos seres humanos um caminho de felicidade e continuar a amá-los, se manipular sua liberdade, mesmo se eventualmente voltarem as costas para ele. Só o Pai do Céu é capaz de enviar seu Filho amado, que foi até o mais profundo da rejeição de Deus, quando, em nome da humanidade arrasada, gritou na Cruz o abandono: "Quando chegou o meio-dia, uma escuridão cobriu toda a terra até às três horas da tarde. Às três da tarde, Jesus gritou com voz forte: “Eloí, Eloí, lemá sabactâni? – que quer dizer “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste" (Mc 15, 33-34). Tendo descido por amor ao ponto mais baixo, Jesus Cristo nos abriu o caminho da vida e da liberdade, visitando todas as situações humanas, para preenchê-las apenas de amor.
Nesta “viagem”, com a qual conheceu tudo o que é humano, concedeu capacidades às pessoas, chamou, convocou, atraiu e enviou: “A cada um de nós foi dada a graça conforme a medida do dom de Cristo. Por isso, diz a Escritura: “Subindo às alturas, levou cativo o cativeiro e distribuiu dons aos seres humanos”. Que significa “subiu”, senão que ele desceu também às profundezas da terra? Aquele que desceu é o mesmo que subiu acima de todos os céus, a fim de encher o universo” (Ef 4, 7-10). Para resgatar o escravo, fazendo-o livre e fiel, ele se fez escravo, entregou-se até à morte, e morte de Cruz!
O caminho da liberdade passa pela entrega. Só se liberta quem se doa, quem transforma sua vida em oferta a Deus e ao próximo! Quem se guarda condena a si mesmo à esterilidade e à tristeza, e este não é o plano de Deus! O dom da liberdade se efetiva quando as pessoas saem de si mesmas. Pode acontecer que alguém até esteja preso, como ocorreu e ocorre com tantos homens e mulheres que se sacrificam por Deus e pelo próximo, mas estas são pessoas livres, porque são fiéis a Cristo. Acima das eventuais circunstâncias, “pela fé, conquistaram reinos, exerceram a justiça, foram contemplados com promessas, amordaçaram a boca dos leões, extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, recobraram saúde na doença, mostraram-se valentes na guerra, repeliram os exércitos estrangeiros. Mulheres reencontraram os seus mortos pela ressurreição. Outros foram torturados ou recusaram ser resgatados, para chegar a uma ressurreição melhor. Outros ainda sofreram a provação dos escárnios, experimentaram o açoite, as cadeias, as prisões, foram apedrejados, serrados ou passados ao fio da espada, levaram vida errante, vestidos com pele de carneiro ou pelos de cabra, oprimidos, atribulados, sofrendo privações. Eles, dos quais o mundo não era digno” (Hb 11, 33- 38). Que Deus continue a chamar, em nosso meio, pessoas desse quilate!
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém do Pará
Assessor Eclesiástico da RCCBRASIL

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Sede Nacional - uma forma de construir o sonho do Senhor


Construir o sonho de ter uma casa, de fazer aquela viagem em família, comprar o carro, casar, se formar na faculdade, ou qualquer outra coisa... Vários são os sonhos que vão sendo construídos na vida de cada um, porém, nas mãos de Deus, esse sonho passa a ser um projeto, consagrado ao próprio Senhor e que Ele mesmo cuidará de providenciar.
A Sede Nacional é esse projeto, que foi sonhado por Deus, sonhado por toda a RCCBRASIL e passa pelas mãos dos colaboradores, que ajudam a torná-lo real. Desde 2009, já temos esse local para literalmente construí-lo. É a terra que o Senhor deu para a RCC e, a partir de lá, toda a família carismática tem trabalhado para edificar a Nossa Casa, Nossa Benção. Muitas pessoas têm contribuído e lutado para ver essa casa erguida. Maria Ivone Ferreira Ranieri é uma dessas pessoas. A presidente do conselho da RCC da Arquidiocese de Londrina (PR) é colaboradora desde os primeiros anos em que Deus inspirou a RCC para construção.
Ao longo da história do movimento, a RCC já teve alguns locais que serviam de sede, como em Brasília (DF), Itajubá (MG), Sorocaba (SP) e Pelotas (RS). Mas sempre no coração, houve o desejo de uma casa permanente. No ano de 2005, foi lançado para a Renovação de todo o Brasil o projeto de construção de um Centro Nacional de Formação, em Brasília. Mas, com o passar do tempo, foi-se percebendo a necessidade de construir mais do que um Centro e sim uma estrutura que comportasse o Escritório Nacional, um centro administrativo e um local de eventos. Desde essa época, no ano de 2006, Maria Ivone contribui com a construção de uma sede. De lá até hoje, nunca parou de colaborar e ela foi, várias vezes, surpreendida pelas promessas de Deus: “o Senhor nos deu uma promessa, que quem se desprendesse materialmente para a construção da Sede, Ele faria o mesmo na vida pessoal de cada um”, conta Maria Ivone.
Em outubro de 2009, o Senhor falou ao conselho nacional: “Coragem, não tenham medo. Erguerei muralhas de fogo em torno de vocês para proteger o que precisa ser construído, e também reconstruirei as muralhas (as que desabaram) na vida de cada um (...). A partir daí, a construção começou e a graça de Deus tem sido testemunhada por muitas pessoas que ajudam nessa obra e têm a própria vida reconstruída por Ele. Maria Ivone, conta as graças que recebeu nesse período, “Nós não podemos impor condições para Deus, mas Ele pode nos fazer promessas e foram muitas graças recebidas... Se Deus dá graças materiais, imagina as espirituais?” completa a semeadora.
Ela conta que na diocese dela muitas pessoas, ao contribuírem, foram vendo as graças de Deus acontecendo e os testemunhos começaram a estimular outras pessoas para se tornarem semeadoras. “Deus é o dispensador de graças especiais, nós apenas acolhemos”, comenta Maria. Há alguns anos, Londrina é a diocese que mais participa do Projeto Semeando a Vida no Espírito.

Você também pode fazer essa experiência de ser um semeador da Vida no Espírito colaborando com a construção da Sede Nacional na cidade de Canas (SP), que é sonho de Deus para toda a família carismática. Você pode se cadastrar aqui ou encaminhar os seus dados para o e-mail sedenacional@rccbrasil.org.br. Para mais informações, ligue para o Escritório Nacional da RCCBRASIL no telefone  (12) 3151-4155, no WhatsApp (12) 98258-0024 ou entre em contato conosco pelo atendimento online.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Todas as Religiões são igualmente boas?


O então Cardeal Joseph Ratzinger afirma no livro O Sal da Terra, que não é verdade que todas as religiões são boas. Ao longo da história existiram religiões terríveis, que pregavam o terrorismo, o ódio, o sacrifício humano. Mesmo numa sociedade moderna como a nossa em que a liberdade é cláusula pétrea, essas religiões não têm o direito de existir, pois vão contra a humanidade, desagregam e fazem mal à sociedade, portanto, historicamente a afirmação de que todas as religiões são boas não prevalece. Também de forma lógica não se pode fazer tal afirmação. Para os católicos, Jesus Cristo é o filho de Deus que se fez homem. Assim, o Cristianismo tem algo que nenhuma outra religião tem.
Jesus nasceu em Belém, viveu em Nazaré e morreu em Jerusalém, fatos reais e concretos. Diante disso, é preciso tomar uma decisão: ou Jesus é Deus e, portanto, todas as outras religiões estão num nível inferior ao do Cristianismo; ou o Cristianismo é um grande engodo.
O cristão crê que tudo que existe encontra sentido em Jesus Cristo. Tudo foi criado por e para Ele. O universo, o homem, a criação, tudo foi feito para aquele pequeno bebê nascido em Belém, Ele é a razão de ser. É o sentido da vida de cada homem, tudo é para Ele. Para Ele tudo foi feito e isso quer dizer que ele é o Senhor de tudo, inclusive da existência de cada um. E isso muda tudo. Muda o fato de que ninguém se pertence, mas tudo pertence a Ele. É evidente que nas outras religiões existem pequenas sementes dessa grande verdade que se encontra no Cristianismo.

A pregação católica consiste em dizer que Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, e este homem e Deus continua vivo na história, num corpo concreto chamado Igreja Católica que, embora santa, possui membros pecadores que nem sempre se comportam como deveriam. Jesus Cristo continua vivo e encarnado através de Igreja em seu Magistério, em seus sacramentos. A Igreja é um grande mistério, composta de homens pecadores, mas, também de homens santos. Ela possui sacramentos santos, uma palavra santa, a graça de Deus agindo de forma real e concreta na vida dos homens.
Afirmar a fé católica não é pregar o ódio ou a intolerância contra as outras religiões. Pelo contrário, o católico sabe desde a época dos mártires das primeiras perseguições que a fé católica não é algo pelo qual se mata, mas sim pelo qual se morre.                                                                                                                                              A Resposta Católica – Padre Paulo Ricardo



quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A Bíblia indica que devemos aceitar a Tradição Oral


 São Paulo recomenda e ordena a manutenção da Tradição Oral. Em 1 Cor 11,2, por exemplo, lemos: “Eu vos felicito por vos lembrar desde mim em toda ocasião e conservardes as tradições tais como eu vo-las transmiti” 4. São Paulo está claramente recomendando que mantenham a tradição oral, e deve ser notado em particular que ele congratula os fiéis por fazê-lo (Eu vos felicito…). Também é explícito no texto o fato de que a integridade desta Tradição oral apostólica era claramente mantida, da mesma forma como Nosso Senhor havia prometido, sob o auxílio do Espírito Santo (cf. Jo 16,13).
Talvez o mais claro apoio bíblico para a Tradição oral seja 2 Ts 2,15, onde os cristãos são enfaticamente advertidos: “Assim, pois, irmãos, ficai inabaláveis e guardai firmemente as tradições que vos ensinamos, de viva voz ou por carta”. Esta passagem é significante porque:
a) mostra uma tradição oral apostólica vivente,
b) diz que os cristãos estarão firmemente fundamentados na fé se aderirem a estas tradições e
c) claramente afirma que estas tradições eram tanto escritas como orais. A Bíblia distintamente mostra aqui que as tradições orais – autênticas e apostólicas em sua origem – deveriam ser seguidas como componente válido do Depósito da Fé, então por quais razões ou desculpas os protestantes a rejeitam? Com que autoridade podem rejeitar uma exortação clara do apóstolo Paulo?
Além do mais, devemos considerar o texto desta passagem. A palavra grega krateite, traduzida aqui como “guardar”, significa “estar firme”, “forte”, “prevalecer” 5. Esta linguagem é enfática, e demonstra a importância da manutenção destas tradições. Obviamente, devemos diferenciar o que seja Tradição (com T maiúsculo), que é parte da revelação divina, das tradições da Igreja (com t minúsculo) que, mesmo que sejam boas, desenvolveram-se tardiamente e não fazem parte do Depósito da Fé.
Um exemplo de algo que seja parte da Tradição seria o batismo infantil; um exemplo de tradições da Igreja seria o calendário das festas dos santos. Tudo que venha da Sagrada Tradição é de origem divina e são imutáveis, enquanto que as tradições da Igreja são cambiáveis pela Igreja. A Sagrada Tradição serve-nos como regra de fé por mostrar no quê a Igreja tem consistentemente crido através dos séculos e como ela sempre entendeu uma determinada parte Bíblica. Uma das principais formas pelo qual a Sagrada Tradição foi transmitida a nós está nas doutrinas dos textos litúrgicos antigos, o serviço divino da Igreja.

Todos já notaram que os protestantes acusam os católicos de promoverem doutrinas novas e anti-bíblicas baseadas na Tradição, por afirmarem que tal Tradição contém doutrinas que são estranhas à Bíblia. Entretanto, esta acusação é profundamente falsa. A Igreja Católica ensina que a Tradição Oral não contém nada que seja contrário à Tradição Escrita. Alguns pensadores católicos afirmam, inclusive, que não há nada na Tradição Oral que não seja encontrado na Bíblia, mesmo que implicitamente ou em formas seminais. Certamente as duas estão em perfeita harmonia e complementam uma à outra. Para algumas doutrinas, a Igreja faz uso da Tradição mais que pelas Escrituras para seu entendimento, mas mesmo estas doutrinas estão incluídas nas Sagradas Escrituras. Por exemplo, as doutrinas seguintes são preferencialmente baseadas na Sagrada Tradição: batismo infantil, o cânon das Escrituras, o domingo como Dia do Senhor, a virgindade perpétua de Maria e a assunção de Maria.
A Sagrada Tradição complementa nossa compreensão da Bíblia ao mesmo tempo que não constitui uma fonte extra-bíblica de revelação, com doutrinas novas ou estranhas a ela. Muito pelo contrário: a Sagrada Tradição age como a memória viva da Igreja, relembrando-a constantemente o que criam os cristãos antigos, como entendiam e interpretavam as passagens bíblicas 6. De certa forma, é a Sagrada Tradição que diz ao leitor da Bíblia: Você está lendo um livro muito importante, que contém a revelação de Deus aos homens. Agora deixe-me explicá-lo como ela sempre foi entendida e praticada pelos cristãos desde o início dos tempos.
Notas
4 A palavra traduzida como ordenança é também traduzida como ensinamento ou tradição, por exemplo, a NIV traz ensinamento com uma nota dizendo: “ou tradição”.
5 Vine, op. cit., p. 564.
6 Um exemplo desta forma interpretativa envolve Ap 12. Os Padres da Igreja entenderam a mulher vestida de sol como referência à Assunção da Virgem Maria. Alguém afirmar que esta doutrina não existia até 1950 (o ano em que o Papa Pio XII definiu-o como dogma de fé) corresponde a uma grande ignorância de história eclesial. Essencialmente, a crença surgiu desde o início, mas não fora formalmente definida até o século 20. Deve-se saber que a Igreja geralmente não costuma definir uma doutrina formalmente a não ser que esta seja questionada por correntes heréticas perigosas. Tais ocasiões requerem uma necessidade oficial de definir parâmetros sobre a doutrina em questão.
Fragmentos da obra “Scripture Alone? 21 Reasons to reject Sola Scriptura” de Joel Peters, traduzido e editado em português pelo Apostolado Veritatis Splendor na forma de ebook com o título “Somente a Escritura?”. Tradução de Rondinelly Ribeiro Rosa. Pgs 15-17.
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Por Joel Peters - Fonte: http://veritatis.com.br


sábado, 12 de dezembro de 2015

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Diocese nos Estados Unidos estuda o caso da “hóstia que sangra”


Segundo o site ACI (30/11/15), a diocese do Salt Lake City nos Estados Unidos iniciou uma investigação sobre um fato que chamou atenção dos fiéis. Uma hóstia consagrada devolvida ao celebrante da missa, e posta em um copo d´água, ainda não se dissolve, e dentro dela é possível ver marcas de sangue. O caso está ficando conhecido como a “hóstia que sangra”.
No último 27 de novembro, a diocese de Salt Lake enviou à imprensa uma declaração sobre a “hóstia que sangra”, que se encontrava na Igreja de São Francisco Xavier.
O canal KUTV de Utah assinala que um sacerdote dessa igreja deu a hóstia consagrada a um menino para que comungasse e um parente disse ao presbítero que o pequeno não tinha feito sua primeira comunhão – ou não era católico – e por isso a devolveu.
A hóstia logo foi colocada em água para que se dissolvesse como costuma fazer-se nestes casos de acordo com as normas litúrgicas.
Entretanto, a hóstia não se dissolveu e ainda, depois de alguns dias, apareceram nela manchas vermelhas, talvez de sangue. Alguns sugerem que poderia tratar-se de um milagre, enquanto outros afirmam causas naturais para o acontecimento.
O fato é que o Administrador Diocesano do Salt Lake City, Mons. Colin F. Bircumshaw, designou uma comissão ad hoc de “indivíduos de distintos campos para investigar o tema”. O grupo inclui cientistas e pesquisadores.
“O processo já está em marcha e os resultados serão feitos públicos”, indicam as autoridades da diocese.
A hóstia que é objeto da investigação está sob custódia do Administrador Diocesano. “Diferentemente do que assinalam os rumores, não há planos de expô-la publicamente ou para a adoração”, precisa o texto.
A declaração, que leva a assinatura do Mons. M. Francis Mannion, Presidente do Comitê de investigação, assinala ainda que “qualquer que seja o resultado da investigação, podemos usar este tempo para renovar nossa fé e devoção no maior dos milagres: a presença real de Jesus Cristo que se dá em cada Missa”.



domingo, 6 de dezembro de 2015

“Tomo posse da Benção de hoje”, um diário espiritual para fortalecer a vida de oração


Sono, cansaço, desmotivação, dificuldade para leitura, falta de compreensão e muitas outras coisas aparecem, bem na hora de ler as Sagradas Escrituras! Pensando nessas dificuldades, a Comissão Nacional de Formação da RCCBRASIL preparou para todas as pessoas que desejam uma maior intimidade com a Palavra de Deus uma ferramenta que serve de orientação para a escuta aprofundada da Palavra no dia-a-dia.
“Tomo posse da benção de hoje – o poder da Palavra de Deus em minha vida” é um diário espiritual que pode ser um auxílio para os servos terem uma vida de oração com maior disciplina e assiduidade. Ele visa fazer o leitor se aprofundar no conhecimento ao Senhor, pela oração e pela Palavra.
São 365 dias para meditação da Bíblia pela “Lectio divina”, forma de leitura orante da Palavra, que passa por quatro fases: leitura, meditação, oração e contemplação.  Esse exercício surgiu na Idade Média e até hoje é a base para todos os outros modos de leitura; sobre ela, Monge Guido II (1173-1180) dizia: “buscai na leitura e encontrareis na meditação; batei pela oração e encontrareis pela contemplação”.
Além disso, o diário possui orientações para práticas espirituais como o sacramento da confissão, obras de misericórdia, jejum e adoração eucarística, a fim de ajudar a crescer na graça e conhecimento ao Senhor. “Tomo posse da Benção de hoje – o poder da Palavra de Deus em minha vida” é um instrumento para exercícios espirituais e para se alimentar bem desse alimento salutar, que é a Sagrada Escritura.
Com um roteiro de meditação programado para cada dia, o diário oferece ainda preces  para fixação da palavra de Deus e orações necessárias para intimidade com o Senhor, como oração de cura interior, autolibertação, consagração ao Espírito Santo, oração pela família, campanha do Jejum de Daniel e oração , exame de consciência antes da confissão, entre outras.
Faça a experiência, conheça o diário espiritual “Tomo posse da Benção de hoje”. Ele será uma ajuda para perseverar na leitura da Palavra de Deus e vai servir de auxílio para a fidelidade da oração pessoal. Adquira pelo telefone (12) 3151-4155 ou pelo e-mailrccshop@rccbrasil.org.br. Você também pode fazer o seu pedido acessando a loja virtual da Editora RCCBRASIL



quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

O Ecumenismo - Conceito




                   “Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas. (Tenho ainda outras ovelhas, que não são deste redil; também a essas devo conduzir, e elas escutarão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor.) É por isso que o Pai me ama: porque dou a minha vida. E assim, eu a recebo de novo”. (João 10, 14-17)
                   “É necessário fazer um esclarecimento sobre o conceito de ecumenismo, muito deturpado hoje em dia. Ecumenismo não se confunde com sincretismo ou com relativismo. Sincretismo é a mistura das religiões, querendo fazer um meio-termo entre elas. Cada um abre mão de parte de sua doutrina em função do outro. O relativismo é o fundamento do conceito de equivocado ecumenismo e a negação da verdade. No fundo, é um tipo de ateísmo disfarçado, pois Deus é a verdade e, como conseqüência, ela não pode ser múltipla e "relativa" a cada um. Quem segue esse falso ecumenismo não crê em sua religião e busca moldar sua fé segundo o mundo e não segundo a Deus. Ele tem receio de se dizer católico por vergonha de proclamar verdades eternas. Ele tem vergonha de defender a Cristo quando todos o combatem etc.” (Encíclica Mortalium Animus, Papa Pio IX)
                   O diálogo ecumênico é um abraço universal entre os cristãos que entendem que Deus não criou cisões dentro da Igreja. O diálogo ecumênico é um ato de dar as mãos unindo o que jamais deveria se separar, A Igreja e seus filhos, que são todo o povo de Deus. Assim, existe da Igreja Católica o reconhecimento da fé dos cristãos e das igrejas como fé verdadeiramente cristã. E essas igrejas reconhecem os dogmas e a unidade que deve existir entre todos os cristãos, professam a fé católica e são inseridos nesta única Mãe Igreja.
                   “Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela palavra deles. Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim, e eu em ti. Que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes dei a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: eu neles, e tu em mim, para que sejam perfeitamente unidos, e o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste como amaste a mim. Pai, quero que estejam comigo aqueles que me deste, para que contemplem a minha glória, a glória que tu me deste, porque me amaste antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste. Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o farei conhecer ainda, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles”.” (João 17, 20-27)