sábado, 25 de setembro de 2010

Caridade-Dom maior


“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade sou como o bronze que soa, ou como o cimbalo que retine. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e toda ciência, mesmo que tivesse toda a fé a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade não sou nada. Ainda que distribuísse todos os meus bens aos pobres e ainda que entregasse meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria!” (1Cor 13,1-3).
Se não tiver amor de nada valho. Na vulgata lemos “caritatem”, de caritas: amor. Na versão grega dos setenta o termo é “agaphn” (ágape), que significa amor incondicional, amor pleno. Muitos confundem caridade com o gesto de doar algo a alguém. Dar esmola a um mendigo, ajudar materialmente aos mais carentes, alimentar um faminto, etc. Isto faz parte da caridade, mas não é caridade na acepção plena da palavra. (“Ainda que entregasse todos os meus bens aos pobres...se não tiver caridade de nada valeria”).
Portanto, se não houver amor, se a doação não se efetiva por amor e com amor, não é caridade; embora gesto louvável, não é caridade, é filantropia. Não há caridade sem amor. Aliás, seria uma contradição, pois caridade e amor são a mesma coisa.
Outro ponto importante é doar amorosamente sem esperar nada em troca; “a caridade é paciente, não busca seus próprios interesses, tudo desculpa, tudo espera, tudo suporta”. (cf. 1Cor 13, 4-5.7). Caridade não é “toma lá dá cá”, caridade é amor, e amor incondicional (ágape). Alguém que promova doações de cestas básicas ou serviços sociais comunitários visando granjear fama, poder ou mesmo retorno financeiro, nem mesmo é filantropo, muito menos caridoso.
Caridade então é amar, amar, amar. Partilhar, doar e se doar sem interesse próprio, e esperar, não para si, não uma contrapartida, mas a esperança de ver a alegria e a felicidade do próximo.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Católicos do Brasil

Católicos do Brasil, atenção!

Caros irmãos em Cristo, precisamos ficar atentos ao processo de descristianização que tem ocorrido no continente europeu. Na América, o cristianismo ainda é a religião predominante e o Brasil é considerado o maior país católico do mundo. Temos alguns pontos de muita preocupação.

O primeiro deles é que essa “febre anti Cristo” que está acontecendo na Europa, pode chegar também ao nosso continente e, pior ainda, pode chegar bem antes do que a gente pode imaginar. O segundo ponto, também muito preocupante, é a queda do número de católicos para outras religiões cristãs, como as evangélicas e (até mesmo) as espíritas. Isso já é considerado um fato. O número de católicos no Brasil é reduzido a cada ano.O terceiro ponto, tão preocupante quando os demais, é que a grande maioria daqueles que se dizem “Católicos”, não são praticantes da religião. São aqueles que se dizem católicos, mas que só entram na Igreja em dia de casamento ou batizado.

Amigos, esses três pontos são alarmantes. Precisamos nos unir para mudarmos essa realidade e não deixarmos que a nossa igreja entre em decadência aqui no Brasil Mas aí pensamos: o que eu posso fazer pra mudar essa história?

- Podemos atuar na catequese. As crianças são o futuro da nossa religião. Devemos cativá-las, tornar o estudo interessante para elas. É preciso darmos uma base sólida para nossas crianças e adolescentes.
- Pais, pratiquem a religião em casa com seus filhos. Torne sua casa, “a casa do Senhor”. Rezem juntos, conversem juntos com o Senhor. Ensinem aos seus filhos a importância do amor. É com o exemplo da família e na família que tudo o que se aprende é praticado.
- Jovem, mostre que você é diferente. Não caia na idéia dos outros. Convide seus amigos a participar da Missa, dos grupos de jovens, dos eventos de sua paróquia. Não se entregue.
- No trabalho, dê o exemplo. Viva como um cristão. Não participe de fofoquinhas, de intrigas, que normalmente acontecem no ambiente de trabalho.
- Muita oração e atenção, como o Senhor disse: “vigiai e orai”.
- Muito estudo. Precisamos compreender nossa religião. Dedicação e disciplina para estudar e entender a Sagrada Escritura. A Igreja Católica oferece diversos cursos, de longo e curto prazo. Valem muito à pena.

Enfim, quero destacar a democracia, que é um bem precioso que temos em nosso país. Precisamos saber votar. Escolher candidatos do bem, cristãos católicos, que irão lutar em nome do povo por leis que respeitem a vida, o amor, o bem comum e que lutem contra as drogas, o aborto, a promiscuidade e a liberação do uso de armas. Não se esqueça: a vida é uma luta diária. Católicos, vamos fazer a diferença!


Maria Martha
http://fideicognitio.wordpress.com

domingo, 19 de setembro de 2010

Jesus Salvador




Todos sabemos do amor que Deus tem por todos nós. Todos conhecemos seu amor, sua misericórdia, sua compaixão. Mas eu digo sempre: nunca é demais falar do amor de Deus. Mas muitas vezes nós renegamos esse amor com nossa desobediência, nossos erros. Nos afastamos de Deus e aí construímos uma barreira, uma parede que nos separa de Deus e sua misericórdia, Assim optamos pelo pecado: e o que ganhamos com isso? Nada; só perdemos. Perdemos a vida, perdemos a comunhão dos santos. Porque como diz S. Paulo, primeiro em Romanos, depois em Corintios: O salário do pecado é a morte e os iníquos não herdarão o reino dos céus.
Mas será que isso é uma sentença definitiva? Pequei estou condenado, não tenho mais salvação? Não; até porque Deus é justo e Ele quer a nossa salvação. Ele não quer que nenhum de nós se perca
Vamos voltar no tempo, lá nos primórdios do povo de Deus: O AT diz que o povo hebreu quando pecava e se arrependia, oferecia a Javé um sacrifício expiatório; matava um cordeiro como oferta para remissão dos pecados. E se o arrependimento era sincero, se havia o firme propósito de não mais pecar, o sacrifício era aceito e o perdão concedido. Agora a grande noticia: Deus, Ele próprio, ofereceu o último sacrifício, o sacrifício perfeito para remissão de toda a humanidade: Jesus, seu filho unigênito, nosso salvador. Jesus que já existia desde sempre, que se encarnou e veio ao mundo; nos apresentou a sua proposta, a Boa Nova da Salvação! Como diz João no Evangelho, capitulo primeiro, primeiros versículos: No principio era o Verbo, o Verbo era Deus, e o verbo se fez carne e habitou entre nós. Dos braços de Maria aos braços da cruz a salvação nos foi oferecida. E só Jesus é capaz de fazer isto por nós, como está escrito em Atos 4,12: "Em nenhum outro há salvação, porque debaixo dos céus nenhum outro nome foi dado aos homens pelo qual devamos ser salvos". Nenhum outro nome foi dado"... E esse nome é Jesus, Jesus de Nazaré, Jesus filho de Maria!
Tomemos a pericope em Colossenses cap.2, versos 13-14: “Mortos pelos vossos pecados e pela incircuncisão de vossa carne, chamou-vos novamente à vida em companhia com ele. É ele que nos perdoou todos os pecados, cancelando definitivamente o documento escrito contra nós, cujas prescrições nos condenavam. Aboliu-o definitivamente ao encravá-lo na cruz”. Esse documento era a carta que nos condenava, é a folha corrida dos nossos pecados! É como uma ficha criminal; o criminoso tem uma ficha onde estão relacionados todos os seus crimes. E a nossa ficha foi rasgada, foi pregada na cruz e lavada com o sangue de Jesus, o cordeiro perfeito, sem mácula. A questão é, o sacrifício de Jesus foi suficiente, não precisamos fazer nada? Se fosse tão simples assim, o Senhor me permite o trocadilho, Ele não precisaria ter pregado, bastaria ser pregado... na cruz. Repetindo: Ele não precisaria ter pregado o Evangelho, bastaria ser pregado na cruz. O preço maior Ele pagou, um preço de sangue, mas nós temos que fazer a nossa parte, temos que ser merecedores. Como fazer isso? Temos primeiro que querer; é preciso escolher a salvação. Depois aceitar o senhorio de Jesus ressuscitado em nossas vidas, ou seja, ter fé, confiança e ação. Crer e crer é acreditar e pôr em prática aquilo em que acreditamos. Se você tem fé e exerce essa fé você está se convertendo. Cada dia em que você renova essa conversão é um passo dado em direção à salvação, em direção a Jesus.
Resumindo, Jesus é o único caminho para a salvação, porque debaixo dos céus nenhum outro nome foi dado aos homens pelo qual devamos ser salvos. Basta querer e fazer como Ele nos ensinou. Como disse Maria com toda simplicidade: Fazei tudo aquilo que Ele disser.


Carlos Nunes

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Nosso Aniversário


Estamos no mês de aniversário. Dezenove anos de grupo de oração. Dezenove anos de evangelização com poder e sob a inspiração do Espírito Santo. Nestes dezenove anos muita gente boa passou neste grupo, tanto na assembléia como no núcleo de serviço. Entre tantas, não podemos nos esquecer de Ana Cândida, a Dona Ana que este mês também faz aniversário; dois anos de vida nova na eternidade. Dona Ana foi a fundadora do grupo de oração e até o fim de sua vida entre nós, exerceu forte liderança com sua presença marcante e carismática (no sentido amplo da palavra). Muitos dos servos que passaram pelo grupo de oração são filhos espirituais de Dona Ana. Fica aqui nossa homenagem a essa mulher de personalidade e temperamento fortes, mas alma extremamente caridosa.
Em comemoração antecipada, ontem dia 13 (o aniversário é no dia 17) vivemos uma tarde de louvor maravilhosa, com a presença do Padre Antônio José da Paróquia N.S. de Fátima, Méier. Pe. Antônio José pregou a Palavra na unção do Espírito Santo e ao final ministrou uma oração de cura, pela qual muitos foram curados de suas mazelas, enfermidades do corpo e da alma, e libertos pelo poder do nome de Jesus. Encerrando a tarde tivemos o momento de confraternização, onde partilhamos nossa ceia de aniversário, entoamos o cântico de parabéns com as bênçãos do Senhor e cortamos nosso bolo, significativamente decorado com a figura de Jesus Misericordioso.
Parabéns Grupo de Oração Jesus Misericórdia e Paz! Local da Paz do Senhor, onde a Graça de Deus acontece e Pentecostes é experimentado. Saudamos também nossa coordenadora Margarida, mulher de Deus que dirige este grupo de oração com suavidade, mas com autoridade outorgada pelo Espírito Santo.

Convidamos voce do Rio de janeiro a nos visitar: Rua Andrade Figueira-158- Madureira.

domingo, 12 de setembro de 2010

Naum 2,1-5 – A Derrota do Opressor



Quando explicamos uma pericope é necessário situar essa palavra no contexto em que ela se passa. Deve se levar em conta o momento histórico e a situação do povo e/ou dos personagens envolvidos. Daí então se tira a Palavra Rhema, ou seja, a mensagem de Deus para nós no momento atual. O livro do profeta Naum nos mostra a destruição de Nínive, que representava o Império Assírio, o qual oprimia todos os povos da Ásia Menor. A Palavra nos mostra a alegria do povo de Israel por se ver livre de tão cruel opressor.
Quem nos oprime hoje? O mundo com seus falsos valores; o diabo com suas tentações. O v.2 diz: (...). Destruidor: o inimigo, o tentador. O inimigo procura colocar empecilhos a nossa vida espiritual; procura afligir-nos com tentações, opressões, obsessões, excessos; tenta induzir-nos a uma vida desregrada, busca desenfreada do prazer, do ter, do poder, da ambição desmedida, da ganância... Por conta disso devemos estar atentos, alertas. Principalmente devemos tomar cuidado com o nosso linguajar, pois todas as vezes que murmuramos contra Deus, quando lançamos imprecações, quando amaldiçoamos, quando falamos palavrões, afastamos os Anjos de Deus; os anjos retiram-se. – Da mesma forma como na oração com poder no nome de Jesus expulsamos os demônios, afugentamos os anjos com palavras de maldição! – Aí o inimigo toma o lugar deles. Cuidado, muito cuidado com o que dizemos. Diz a Palavra de Deus em Mt 15,10: O mal é o que sai da boca do homem. O inimigo é como o leão que ruge pronto a nos devorar, diz Pedro em sua carta primeira; portanto devemos estar sempre vigilantes, revestidos da couraça da justiça, do evangelho da paz e da espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.
O v.1 fala do mensageiro que traz a noticia da queda do opressor. Fala daquele que traz a boa nova da esperança. Quem hoje nos traz esta palavra, nos traz a promessa de libertação e da cura de todos os males, é Jesus. Jesus Cristo Nazareno, Jesus Salvador, Jesus filho de Maria. Jesus, a maior prova do amor de Deus; Jesus, a sublimação, a consumação do amor de Deus Pai pelos homens. Quando aceitamos a salvação, a redenção que Jesus nos trouxe e nos oferece, quando nos deixamos impregnar da presença do Espírito Santo, quando procuramos os irmãos a fim de partilhar os dons recebidos, aí então teremos derrotado o opressor.
Somos produtos do meio em que vivemos. Se pactuarmos, se compartilharmos o que o meio nos oferece, estaremos inseridos nele e faremos parte dele. No entanto, se nos apartarmos, se rejeitarmos o que nos é oferecido, estaremos nele mas não faremos parte dele. Este deve ser o procedimento do cristão: estar no mundo e não ser do mundo.

Carlos Nunes

sábado, 4 de setembro de 2010

Para onde ir


Nos dias de hoje o mundo nos oferece muitos caminhos. Como diz a letra da canção: “Hoje o mundo oferece caminhos demais; você chora, você ri e não se satisfaz...” Caminhos esses muitas vezes (muitas mesmo!) tortuosos e altamente perigosos. Caminhos que, na maioria das vezes, levam à morte, à perdição. Morte no sentido amplo da palavra: corporal, e pior, da alma. Morte corporal, física, pois são caminhos literalmente perigosos. Morte da alma, pois quando o perigo não é material, é transcendental, ou seja, induz ao erro, leva ao pecado. E o pecado, sabemos, leva à morte, morte da alma, segundo São Paulo na carta aos romanos cap. 6, verso 23.
Para onde ir? Continuando a canção: “... Hoje seus passos se perdem na estrada, nem sempre você tem chegada...” O que fazer então? A mesma canção dá a resposta: “... Entregue seu caminho a Deus; entregue seu caminho a Deus!” Eis a solução, eis a resposta; somente Deus nos oferece caminhos límpidos, caminhos retos, caminhos iluminados, caminhos seguros. Os caminhos de Deus convergem para um só, uma única via: Jesus de Nazaré, Caminho, Verdade, Vida. Vereda que ao ser conhecida, percorrida, leva à vida verdadeira, a eternidade. “Desde então muitos de seus discípulos se retiraram e já não andavam com ele. Então Jesus perguntou aos doze: ‘quereis vós também retirar-vos?’ Respondeu-lhe Simão Pedro: ‘Senhor a quem iríamos nós? Só Tu tens palavras de vida eterna’.” (Jo 6,67-68).
A quem você quer seguir? Os discípulos ingratos que abandonaram Jesus, pois não aceitaram sua doutrina e preferiram os caminhos de morte e destruição, ou como Pedro e os demais apóstolos, seguir Jesus e os caminhos de vida plena e abundante, a vida na eternidade?