quinta-feira, 13 de maio de 2010

Todas as gerações me proclamarão Bem-Aventurada


A devoção a Nossa Senhora em todo o mundo é algo que ultrapassa o entendimento humano; algo sobrenatural. Não há país ou cidade onde não haja igrejas, praças, imagens etc., a ela dedicadas. Os títulos de louvor e glória que Nossa Senhora recebe em todo o mundo são incontáveis; livros e livros já foram escritos sobre seus títulos, suas aparições, suas graças, seus milagres... Seus santuários se espalham pelo mundo todo: Lourdes, Fátima, Aparecida, Guadalupe... A Igreja encorajou e regulou essa devoção universal à Virgem Maria, mas jamais pode tê-la inventado ou criado. Nos momentos mais críticos da história, sobretudo quando a Igreja era mais ameaçada, os Papas orientaram os fiéis a recorrer confiantes à proteção de Nossa Senhora e rezar o rosário. E um sentimento universal que atravessou vinte séculos e chegou até nós mais forte do que nunca. Esse sentimento não teve uma origem humana, se assim fosse não teria tanta força e duração; foi o Espírito Santo quem o difundiu nos corações dos cristãos.
Até mesmo os muçulmanos a respeitam e veneram como Aquela mulher que foi "a única não tocada pelo demônio". Maomé, ao redigir o Corão, mostrou grande estima por Maria. O capítulo 19 tem por título "Maria" e faz várias belas referências à Mãe de Jesus. Ele dá testemunho da virgindade de Maria e fala de sua vida. Na Caaba (santuário muçulmano principal em Meca) existe uma imagem colorida de Maria com o Menino Jesus. E de notar ainda que Maria é mencionada 34 vezes no Corão, sendo a única mulher designada por seu nome pessoal. Os muçulmanos vão à casinha de Nossa Senhora em Efeso, onde ela viveu com São João, prestar-lhe homenagens. É chamada em língua turca "Meryem Ana".
Lutero e Calvino a veneravam; e também os anglicanos. Lutero escreveu um belo comentário do Magnificat de Maria Santíssima, e o cantava todos os dias. Ele se refere à "doce Mãe de Deus" e exalta a Santíssima Virgem nestes termos: "Ela nos ensina como devemos amar e louvar a Deus, com alma despojada e de modo verdadeiramente conveniente, sem procurar nele o nosso interesse... Eis um modo elevado, puro e nobre de louvar: é bem próprio de um espírito alto e nobre como o da Virgem". (Maria Mãe dos homens, Edições Paulinas). A Mãe de Jesus aparece em Lutero como o puro reflexo do olhar divino. Ela não atrai a nossa atenção sobre Si, mas leva-nos a olhar para Deus."... "Maria não quer ser um ídolo; não é Ela que faz, é Deus que faz todas as coisas. Deve ser invocada para que Deus, por meio da vontade dela, faça aquilo que pedimos; assim devem ser invocados também todos os outros santos, deixando que a obra seja inteiramente de Deus" (Maria Mãe dos homens, p.574-575).
Prof. Felipe Aquíno
Escritor e apresentador na TV Canção Nova
blog.cancaonova.com/felipeaquino'.











Nenhum comentário:

Postar um comentário