Milagre
Eucarístico de Lanciano
Há mais de 12 séculos
deu-se grande e prodigioso milagre eucarístico na Igreja Católica.
Por volta do ano 700, na cidade
italiana de Lanciano, viviam no mosteiro de S. Lagonziano os monges de S. Basílio
e entre eles havia um que se fazia notar mais por sua cultura mundana do que
pelo seu conhecimento das coisas de Deus. Sua fé parecia vacilante e ele era
perseguido todos os dias pela dúvida de que a hóstia consagrada fosse o
verdadeiro corpo de Cristo e o vinho o seu verdadeiro sangue. Mas a graça
Divina nunca o abandonou, fazendo-o orar continuamente para que esse insidioso
espinho saísse do seu coração.
Foi quando certa manhã, celebrando a
Santa Missa, mais do que nunca atormentado pela dúvida, após proferir as
palavras da consagração, ele viu a hóstia converter-se em carne viva e o vinho
em sangue vivo. Sentiu-se confuso e dominado pelo temor, diante de tão
espantoso milagre, permanecendo longo tempo transportado a um êxtase
verdadeiramente sobrenatural.
Até que em meio a transbordante
alegria, o rosto banhado em lágrimas, voltou-se para as pessoas presentes e
disse: - “Ó bem aventuradas testemunhas diante de quem, para confundir a minha
incredulidade, o Santo Deus quis desvendar neste Santíssimo Sacramento e
tornar-se visível aos nossos olhos. Vinde irmãos e admirai o nosso Deus que se
aproximou de nós. Eis aqui a carne e o sangue do nosso Cristo muito amado!”
Serenada a emoção de que todo o povo
foi tomado, e dadas aos Céus as graças devidas, as relíquias foram agasalhadas
num tabernáculo de marfim, mandado construir pelas pessoas mais credenciadas do
lugarejo.
A partir de 1713 até hoje, a carne passou a
ser conservada numa custódia de prata e o sangue num cálice de cristal.
Aos reconhecimentos eclesiásticos do milagre a partir
de 1574, veio juntar -se o pronunciamento da ciência moderna, através
minuciosas e rigorosas provas de laboratório. Após alguns meses de trabalho,
exatamente a 4 de março de 1971, os pesquisadores publicaram um relatório contendo
o resultado das análises:
ü A carne é verdadeira carne.
ü O sangue é verdadeiro sangue
ü A carne é do tecido muscular do coração (Miocárdio,
endocárdio e nervo vago).
ü A carne e o sangue são do mesmo tipo sanguíneo (AB) e
pertencem a espécie humana.
ü Coincidência extraordinária: É o mesmo tipo de sangue
encontrado no Santo Sudário de Turim.
ü Espanta: Trata-se de carne e sangue de uma pessoa
viva, vivendo atualmente, pois o sangue é o mesmo como se tivesse sido tirado
naquele mesmo dia, de um ser vivo.
ü No sangue foram encontrados além das proteínas
normais, os seguintes minerais: cloretos, fosfatos, magnésio, sódio e cálcio.
ü A conservação da carne e do sangue, deixados em estado
natural por 12 séculos e expostos a ação de agentes atmosféricos e biológicos,
permanece um mistério extraordinário.
Antes mesmo de redigirem o documento
sobre o resultado das pesquisas, realizadas em Arezzo, os Doutores Linoli e
Bertelli enviaram aos frades um telegrama nos seguintes termos: “E o Verbo
se fez Carne”.
É
assim que o milagre de Lanciano, desafiando a ação do tempo e toda lógica da
ciência humana, se apresenta aos nossos olhos como a prova mais viva e palpável
de que “Comei e bebei todos vós, isto é o meu corpo que é dado por vós”, mais
do que uma simples simbologia, como possa parecer, é o sinal divino de que no
sacramento da comunhão está o alimento do nosso espírito, da nossa fé, da nossa
esperança nas promessas de Cristo para a nossa salvação.
“Aquele
que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o
ressuscitarei no último dia”.(Jo
6,55).
Nenhum comentário:
Postar um comentário