"E deu a luz seu filho promogenito e envolvendo-o em faixas, reclinou-o em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria" (Lucas 2,7)
Não havia lugar para eles... Na noite de Natal em muitos lares, inclusive lares cristãos, comemora-se tudo, só não celebra-se a vinda do Senhor ao mundo, a encarnação da Palavra Divina. Não seja assim em nossas casas.
O G.O. Jesus Misericórdia e Paz deseja a todos os irmãos, amigos e leitores deste blog, um santo e alegre Natal. Que sejam inundados da graça, paz e harmonia que só Jesus pode dar na plenitude.
Desejamos a vocês e seus familiares um Santo, Abençoado e Feliz Natal!
domingo, 25 de dezembro de 2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Nem só de pão vive o homem
Nessa época percebemos uma grande agitação nas pessoas, um burburinho
nas ruas, as lojas repletas. O consumismo é acelerado, desenfreado para muitos.
Tudo em nome dos festejos de fim de ano.
Natal e réveillon se fazem presentes, presentes se fazem no Natal. As ceias de Natal e passagem de ano são imprescindíveis;
os mimos, as lembrancinhas, importantíssimos. Daí a agitação das pessoas, o
burburinho das ruas; nos bairros comerciais o transito normalmente intenso cotidianamente,
torna-se caótico nos meados do mês de dezembro.
É o espírito do Natal, dizem. Será? Pessoas apressadas se
esbarram, se atropelam, ao invés de um pedido de desculpa se irritam, se
xingam; nas lojas disputam (quase aos tapas) os últimos itens de promoções e
ofertas; no transito, buzinaço, falta de polidez ao volante, pressa irracional.
Para que? Para ter uma noite serena no Natal e alegre no ano novo? Para alguns.
Para muitos, muitos mesmo, serão noites de bebedeira e de excessos (por conta
da bebida). Para outros, tristeza e abatimento. Tristeza proveniente de
lembranças dolorosas do passado que sempre vem à tona nestas datas. Pra que
chorar, pra que sofrer, se há sempre um novo amor, há sempre um novo
amanhecer... diz uma canção popular. Porem, sem refutar a letra da canção, dizemos
aos que sofrem, aos que choram; pra que chorar, pra que sofrer, se há alguém que
enxuga tuas lágrimas, há alguém que te conforta, há alguém que é capaz de te
restituir a alegria. Esse alguém tem nome, nome que é acima de todo nome; nome
que ao ser simplesmente pronunciado com doçura e fé no coração, é capaz de nos
proporcionar paz, harmonia, cura interior. Esse nome é Jesus. Jesus o dono das
festas de fim de ano. Natal pelo motivo óbvio; ano novo, porque Ele é Senhor de
tudo, inclusive do tempo.
Pois é.
Rabanadas, chester, tender, bacalhoada, salada de frutas, uma taça de vinho,
presentes. Temos direito a tudo isso, mas não nos esqueçamos do motivo real da
festa, Jesus Cristo. Ele mesmo nos disse: Nem só de pão vivemos nós.
sábado, 17 de dezembro de 2011
Correção de Pai
Dt 8,1-6
Este povo somos nós. É
nossa vida, nossa caminhada retratada nesta passagem bíblica. Quem não se
reconhece aí? Eu me reconheço. É nossa história!
V.1 – Ouvir, ouvir e principalmente
obedecer a Deus, vivenciar a fé; vivenciar a fé é experimentar verdadeiramente
o evangelho; é visitar os enfermos, os incapacitados de ir a igreja; é dar
conforto, uma palavra amiga a quem lamenta a perda de um ente querido; é
abrir-se ao perdão, não guardando rancor nem mesmo de possíveis inimigos; é
respeitar as diferenças, seja entre irmãos do mesmo e também de outros credos;
é saber acolher com respeito e piedade os pecadores.
V.2-3 – Nem só de pão vive o homem,
mas de toda palavra que procede da boca de Deus... Lindo! Vejamos o que diz o
profeta Amós em Am 8,11 (...) Nunca em todos os tempos tivemos tanta sede e
fome de Deus quanto agora. Apesar de toda iniqüidade, de todo pecado que grassa
no mundo, a humanidade se ressente de Deus, anseia por sua presença. Às
apalpadelas o homem busca Deus e tendo em conta o tamanho da messe e dos poucos
operários, nosso Deus suscita entre nós profetas; homens e mulheres que o
anunciem, que falem Dele e por Ele. Aquele que recebeu o chamado de Deus tenha
coragem, tenha ousadia e O proclame, pois o mundo precisa conhecê-lo.
V.4-5 – Complementando estes
versículos vejamos o que diz Sb 11,9s e 1Cor 11,31s. Não se trata, pois de
castigo, mas de correção de pai. Deus nos quer salvos e para isso nos corrige o
rumo, nos coloca nos trilhos, mesmo que para isso use de severidade, seja
rigoroso. Às vezes deixando-nos cicatrizes, como na estorinha a seguir: Um
menino brincava a beira de um lago e resolveu entrar na água para refrescar-se.
A seguir, um crocodilo jogou-se na água e nadou rapidamente em direção a criança.
A mãe do menino, vendo a fera, correu para a beira do lago, gritando para seu
filho sair da água. O menino tentou sair, mas o crocodilo abocanhou seus pés ao
mesmo tempo em que sua mãe segurava-lhe os pulsos. Um embate cruento seguiu-se;
de um lado a fera tentando arrastar o menino para o fundo do lago, de outro a
mãe decidida a resgatar seu filho. O crocodilo dando-se por vencido desistiu e
largou o menino. Valera o esforço daquela mãe. Mais tarde no hospital, as
pessoas queriam ver os ferimentos nas pernas do garoto, mas este, orgulhoso
mostrava a todos os pulsos, também muito machucados: Vocês estão vendo? Isso foi porque
minha mãe me segurou com força, cravou as unhas em mim para que o crocodilo não
me devorasse!
Nós podemos nos identificar com esse
menino. Também temos muitas cicatrizes; às vezes cicatrizes de um passado
doloroso, algumas muito feias e que causam profunda dor; mas algumas feridas e
cicatrizes foi porque Deus se recusou a nos deixar, Ele estava nos segurando!
Se hoje o momento é difícil, talvez seja porque Deus está lhe segurando,
cravando suas unhas em você para não lhe deixar ir. Deus faz o necessário para
não perder você, mesmo que para isso tenha que lhe deixar cicatrizes. As
cicatrizes deixadas pelo crocodilo, esteja certo disso, Ele vai tirar, mas as
Dele Ele deixará, para lembra-lo que são para sua salvação.
V.6 – Obedecendo ao Senhor. Seguindo
o caminho que Ele nos aponta, o caminho onde ele nos colocou ao tirar-nos da
boca do crocodilo. Aceitando Jesus como Senhor e Salvador, seremos dignos da
morada que Ele preparou para nós. Que seja assim.
Carlos Nunes
domingo, 11 de dezembro de 2011
A oração de Jesus
Depois
de ter tratado alguns exemplos de oração no Antigo Testamento, convido-vos hoje
a olhar para a oração de Jesus. Esta atravessa todos os momentos da sua vida,
guiando-o até ao dom total de Si mesmo, segundo os desígnios de Deus Pai. Jesus
é o nosso mestre de oração. Mas, quem O ensinou a rezar? O seu coração de homem
aprendeu a rezar com a sua Mãe e a tradição judaica. Mas a sua oração brota
duma fonte secreta, porque Ele é o Filho eterno de Deus, que, na sua santa
humanidade, dirige a seu Pai a oração filial perfeita. Assim, olhando para a
oração de Jesus, devemos nos perguntar: Como é a nossa oração? Quanto tempo
dedicamos à nossa relação com Deus? Hoje, num mundo frequentemente fechado ao
horizonte divino, os cristãos estão chamados a ser testemunhas de oração. E é
através da nossa oração fiel e constante, na amizade profunda com Jesus,
vivendo n'Ele e com Ele a relação filial com o Pai, que poderemos abrir, no
mundo, as janelas para o Céu.
(Papa Bento XVI)
sábado, 3 de dezembro de 2011
Palavras de Sabedoria
Fazendo uma leitura mais
atenta do livro do Eclesiastes, observamos que Coélet (o Eclesiastes) era um
homem até certo ponto pessimista, mas ao mesmo tempo de profunda religiosidade. Via com
olhos críticos o ambiente que o cercava, sem no entanto perder a esperança e
sabia que a solução de todos os problemas da humanidade só poderiam vir de uma
única pessoa: Deus. Vejamos o trecho Ecle 7,5-14(...).
V.5:
“E melhor ouvir...”-Não deixemos nos envolver por elogios fáceis. Muitas vezes
uma critica bem colocada, bem dirigida, nos edifica, nos corrige, nos faz
endireitar. Ao passo que um elogio, muitas vezes falso, nos envaidece e pior,
nos faz permanecer no erro.
V.7: “A opressão torna...”-Os
presentes corrompem o coração. Quantos são “comprados” por presentes, mimos,
elogios!
V.8: “Mais vale...”-Deus olha com
muito mais atenção e complacência para aquele que sabe ser paciente, que tem
fé, que não se abala com facilidade; para quem persevera esperando o tempo da
graça acontecer. Já o orgulhoso é auto-suficiente, pensa que não precisa de
ninguém, nem de Deus!
V.9: “Não ceder...”-Irritação,
ressentimento, falta de perdão, desamor... O rancor é responsável por diversas
doenças, desde as de fundo emocional como as do corpo. O testemunho de fiéis e
a própria ciência reconhece que doenças como artrite, hipertensão arterial,
úlceras gástricas, depressão, têm entre outros fatores, origem em distúrbios
emocionais. E nós sabemos que falta de perdão, mágoa, provocam esses e outros
males.
V.10: “Não digas jamais...”-Vivamos
o hoje, vivamos o agora. Deus não quer ninguém preso ao passado nem
demasiadamente preocupado com o futuro. Passado é passado, o que passou passou
e o que há de vir só Ele sabe. Passado
são apenas lembranças, boas que podemos reviver na memória ou más, que lutamos
para esquecer. Deus nos quer santos agora, para vivermos o futuro na
eternidade. Vide v. 14.
V.13: “Considerai a obra de
Deus...”-Deus é eterno, suas leis são eternas, seus mandamentos são eternos.
Essa onda de ataques a Igreja, alegando que a Igreja é retrógrada, que vive no
passado, é atitude que quem vive no erro e quer se desculpar. A sociedade muda,
mas Deus e sua Palavra são imutáveis, assim como as leis e a doutrina da
Igreja, depositária do legado divino. Pecado era pecado ontem, é pecado hoje,
será pecado amanhã e será pecado sempre, até o fim dos tempos.
Por fim contaremos uma estorinha que
fala de um homem que se julgava sábio e a quem faltou sabedoria e discernimento
dos desígnios de Deus. Esse homem era religioso, conhecia a palavra de Deus,
mas na verdade não a entendia como deveria ser entendida; interpretava-a a seu
modo, de acordo com sua conveniência. Ele, como todos nós, carregava a sua cruz
– estava de acordo com a Palavra de Deus quanto a cada um tomar sua cruz e
seguir Jesus. – Mas não se conformava com a dimensão da sua cruz, achava-a
grande e pesada demais, ele não merecia tanto. Clamou a Jesus para ameniza-la.
– de acordo com a passagem em que Jesus diz que, o que pedirmos em seu nome o
Pai nos dará. – Assim fez Jesus, diminuindo consideravelmente o tamanho e peso
da cruz. Mas o homem não ficou satisfeito e pediu a Jesus para diminui-la mais
ainda. Jesus o atendeu outra vez. Assim foi pedindo, pedindo, até carregar uma
minúscula cruz, uma cruzinha. E sorridente, caminhava em meio a outros que
arrastavam cruzes enormes. Ia
assoberbadamente pensando: “Esses são pecadores, estão longe de Deus, carregam
essas cruzes porque são conformados e não buscam Jesus. Eu não, eu sou
abençoado, eu gozo da amizade de Jesus, tudo que eu peço ele faz. Aliás, ele
tem que fazer; ele prometeu...”
Fim da jornada. Um fosso imenso e profundo os separa de um vale verdejante, onde Jesus, cercado de anjos, os espera de braços abertos. Todos lançam suas cruzes sobre o fosso e as usam como ponte. O homem que se julgava especialmente abençoado, frustrado, não tem o que usar como ponte, pois a cruz que carrega é pequena demais. Ele não alcançou a terra prometida. Esquecera-se daquela outra passagem bíblica; a que Jesus diz que nem todo aquele que diz Senhor Senhor entrará no reino dos céus.
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