Não nos deixemos enganar. A guerra midiática travada contra a igreja ao redor dos escândalos sexuais de alguns sacerdotes não é uma batalha pela moralidade, nem uma preocupação com a castidade dos menores envolvidos (...).
É extremamente significativo que as mesmas pessoas que rasgam as vestes diante dos escândalos sexuais de padres não façam nada para tutelar a pureza dos menores. Mas, ao contrário, apóiam a distribuição gratuita de camisinhas e lubrificantes sexuais aos nossos filhos, nas escolas publicas e postos de saúde. Trata-se da mesma corja que patrocina programas de deseducação sexual em TVs abertas alardeia como “direitos sexuais” as depravações da moda. Não posso crer que esses lobos ferozes, que em sua maioria leva uma vida muito distante da castidade cristã, tenham se transformado milagrosamente em uma legião de anjos da guarda que zelam pela pureza de nossos filhos. Diria que mais se parecem com aqueles abutres que rodeiam um animal ferido e que fazem o possível para lhe abreviar a agonia, a fim de tirar proveito o quanto antes de sua carcaça.
E a vitima quem é? Um punhado de padres pedófilos? Não, mas sim o sacerdócio católico.
Não nos iludamos. Esta reação em massa não se explica apenas como um empreendimento humano. São Paulo nos lembra que não é contra a carne e o sangue que lutamos, mas contra os espíritos malignos espalhados pelo espaço. (cf Ef 6,12).
Pe. Paulo Ricardo – Arquidiocese de Cuiabá.