Na leitura do último domingo (ontem, dia 30) vimos a contestação dos fariseus que se escandalizam pelo fato dos apóstolos não praticarem as purificações rituais que lhes eram tão caras.
A resposta de Jesus é emblemática. Ele faz incidir a atenção do exterior ao coração do homem; lança um golpe mortal sobre a tendência a uma atitude religiosa de fachada, ao desejo atual de aparecer e de parecer o que não se é, condenando a hipocrisia e o farisaísmo.
Em nosso tempo esta tendência permanece atual. Quantas pessoas caem em descrédito, simplesmente porque no agir contradizem diretamente o que pregam? São políticos que nunca cumprem o que prometeram, falsos amigos que decepcionam a confiança depositada, ou juras de amor que acabam no vazio.
Ao mesmo tempo vivemos o mundo do controle da qualidade. Fala-se da geração saúde, dos alimentos naturais, orgânicos. A preocupação com o meio ambiente é o grito do momento, e as iniciativas ecológicas surgem com toda força. Fala-se da preservação das florestas, do respeito aos mananciais, da desconfiança frente aos alimentos transgênicos, de uma responsabilidade ecológica por parte das empresas. Tais preocupações são realmente justas e deveriam levar a sociedade a rever seus comportamentos frente a natureza.
Em contrapartida, a preocupação pelo que se passa no coração do homem vai na ordem inversa. Assistimos ao aniquilamento de valores primários que vão comprometendo a vida humana, lançando sombras sobre a família e as relações interpessoais. É o mundo do relativismo, da perda do sentido do sagrado, do culto ao prazer, do individualismo, onde cada um quer ser a referencia única da verdade, onde o homem quer ser a medida de todas as coisas.
Ao longo do mês de agosto, dedicado as missões, meditamos sobre a importância do chamado à santidade, compromisso inerente do nosso batismo.
Do folheto A Missa – Arquidiocese do Rio de Janeiro.
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