A depressão é um mal que tem trazido aflição a muitas pessoas que, por causa dela, são impedidos de exercerem suas atividades normais, como trabalhar, participar de um esporte, de um lazer, ter convívio alegre com pessoas.
Há pessoas que têm depressão porque herdaram esse mal de seus antepassados. Se fizerem uma pesquisa, vão descobrir que na sua linha de família, do lado do pai ou da mãe, alguém era portador da depressão. Podem ser os bisavós, os avós, os tios-avós, ou outras pessoas da família.
Anos atrás a ciência não dava nome às doenças psicoemocionais. Por isso quando perguntamos a nossos pais ou a outros parentes nossos se alguém da família tinha depressão, geralmente eles respondem: “Não sei se era depressão, mas nós tínhamos um tio que tinha um comportamento muito esquisito. Ficava só deitado. Não conversava com ninguém. Não queria fazer nada. Às vezes ficava a chorar sem saber o porque. Não tinha alegria.” Podemos notar que os sintomas que eles descrevem são exatamente os sintomas de depressão.
Na linha de família das pessoas que apresentam depressão, pode ter havido familiares que eram portadores de doenças mais graves, como psicose maníaco-depressiva, distúrbio obssessivo-compulsivo, esquizofrenia, neuroses e outras doenças. O descendente pode não apresentar os sintomas destas doenças. Em muitos casos, a pessoa começa com a depressão e se não receber o tratamento certo, pode a vir apresentar um quadro pior.
Outras pessoas têm depressão por causa do envolvimento com esoterismo, ocultismo, magia, bruxaria. E quando se voltam para Deus, quando deixam essas práticas, podem apresentar um quadro de depressão. Essas pessoas precisam de tratamento médico e orações.
Muitas vezes, também as pessoas têm depressão porque carregam um sentimento de culpa por causa de um pecado cometido, mesmo depois de ter confessado e ter recebido a absolvição, ainda continua carregando aquela culpa. Ora, quando recebemos o perdão dos pecados no Sacramento da Penitencia – a confissão – verdadeiramente estamos perdoados. É o próprio Jesus quem nos perdoa pelas mãos do sacerdote. Se não cremos no perdão de Deus, estamos duvidando de sua misericórdia, e duvidar da misericórdia de Deus é um pecado! A pessoa precisa aceitar o perdão e ter uma grande alegria por saber que foi perdoada. E a pessoa precisa se perdoar, porque já recebeu o perdão de Deus.
Há pessoas muito sensíveis, que quando são vitimas de injustiças, calunias, rejeição, ficam muito abatidas e têm dificuldade para vencer esta situação. Então caem em depressão. A perda de um ente querido também pode trazer um estado de depressão para algumas pessoas, pois é um fato que traz dor, tristeza, angustia pela ausência daquele ente querido. Quando um ente querido é recolhido por Deus, nós temos dificuldade em aceitar este fato e, por isso, ficamos muito abatidos.
Vamos nos lembrar das palavras de Jesus, quando na ressurreição de Lázaro, Ele disse a Maria: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá.” (Jo 11,25). São palavras que Jesus deixou para nós no Evangelho. Temos que crer que aquele ente querido que foi recolhido por Deus, não está morto. Sofremos porque não podemos vê-lo, mas nós também seremos recolhidos por Deus e, então, nos encontraremos com nossos entes queridos na Casa do Pai Celestial. Precisamos pedir ao Espírito Santo a força e a coragem para continuarmos a caminhada da vida até chegarmos lá.
O medo e o susto causados por situações (como assalto ou outra situação de violência) também podem trazer a depressão.
Geralmente, os familiares da pessoa que sofre de depressão acham que a pessoa não reage, que ela se entrega à doença, e querem a todo o custo, que a pessoa saia para passear, para se distrair. Querem que ela trabalhe, estude. Enfim, que faça alguma coisa, que leve uma vida normal. Os familiares da pessoa que sofre de depressão ficam zangados porque o doente só quer ficar deitado, não quer conversar, quer ficar sozinho, chora a toa. Enfim, não quer fazer absolutamente nada. Na verdade, não é porque a pessoa não quer reagir. É porque no estado em que a pessoa se encontra, ela não consegue reagir e ter uma vida normal. Precisa de tratamento médico, de uma terapia de apoio, que deve ser com um terapeuta cristão, e precisa também de orações para que possa voltar a sua vida normal e ter alegria de viver.
Com o auxilio médico e com a força e a luz curadora do Espírito Santo, por meio da oração, a pessoa pode, aí sim, reagir e receber a cura para voltar para o seu trabalho, para suas atividades normais.
Autoria: Maria Gabriela O. Alves