sábado, 29 de dezembro de 2012

A Verdadeira Face de Deus


 
O Deus do antigo testamento é cruel, vingativo, sanguinário. Só uma mente obtusa é capaz de pensar assim. Jesus não veio apresentar um novo Deus, um Deus renovado. Não; ele veio apresentar a verdadeira face do Pai Deus, corrigindo a imagem distorcida que faziam Dele.

Por questões conjunturais, no contexto histórico da época Deus se apresentava com severidade, porém nas entrelinhas se percebe o Deus amoroso que é. O povo de Deus no antigo testamento, este sim de coração empedernido, via então um Deus ciumento, irascível e ávido por sacrifícios e holocaustos penitenciais. A boca fala daquilo que o coração está cheio; assim as mãos escrevem, os olhos enxergam e por aí vai. Seria mais ou menos assim: Deus fala ao profeta que o mal deve ser exterminado. O profeta diz ao povo: exterminem o mal! O povo obediente, mas odiento, extermina os homens que eles julgam maus e não o mal que habita em si mesmo.

A Bíblia é verdadeira Palavra de Deus, porém escrita por mãos humanas; homens que viviam num contexto histórico diferente do nosso. Por isso a necessidade de uma exegese sistemática para o entendimento e visão verdadeira de Deus no antigo testamento. Numa leitura superficial, literal, enxergamos Deus como um ser ciumento e rancoroso; daí o grande perigo do fundamentalismo. Entretanto se aprofundarmos a leitura, buscando compreender o sentido da escritura num contexto histórico-literário da época, conforme o Magistério da Igreja nos ensina, veremos Deus completamente diferente, aí sim, o verdadeiro Deus.   

Jesus Cristo, rosto divino do homem e rosto humano de Deus, veio então mostrar o verdadeiro Deus como sempre foi desde sempre: amoroso, misericordioso, zeloso, bom, fiel a suas promessas, imutável, eterno, glorioso. Para selar definitivamente a aliança feita com seu povo, fez-se carne e habitou entre nós; doou-se. Não exigiu sangue alheio, deu em sacrifício cruento sua própria carne, Jesus, numa prova inconteste de amor.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Natal 2012


Não estamos publicando textos inéditos neste Natal. No entanto não fiquemos sem a devida reflexão neste dia; estejamos atentos a voz do Senhor. Para tanto sugerimos a leitura das seguintes postagens anteriores:

 

Ágape

Natal

Nem só de pão vive o homem    

Pureza de criança


A todos leitores e seguidores desse blog, nós da equipe de serviço e núcleo do G.O. Jesus Misericórdia e Paz desejamos as bençãos de Deus e um alegre e santo Natal.
Feliz Natal e um ano novo abençoado!
 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Um protesto esquisito




Penso que para que alguém faça algum protesto, mesmo que seja fora da lei e do bom senso, no mínimo que se tenha coerência com o que se diz e se faz.
No dia 19 de abril de 2012 uma pichação causou indignação para grande parte da população da cidade de Santa Helena no Paraná. Três frases escritas em vermelho foram pichadas na parede da Matriz da Igreja Católica desta cidade localizada na região Oeste do Paraná e que tem pouco mais de 23 mil habitantes: “Deus é gay”, “Pequenas Igrejas, Grandes Negócios” e “fuck the religions”. Também fizeram o símbolo da cruz de ponta cabeça, e um símbolo do anarquismo. A Polícia Militar prendeu os três suspeitos de terem praticado o ato de vandalismo.

Ora, Deus é puro espírito, não tem corpo, não é humano; não tem sexo; logo não pode ser heterossexual ou gay. Não sejamos ignorantes.
Sobre “pequenas igrejas e grandes negócios”, pode mesmo ser verdade para alguns casos de exploração do povo; mas não se aplica à Igreja Católica que é uma só: “Una, santa, católica e apostólica”, diz o nosso Credo. Temos um só chefe, o Papa, um Pastor, o bispo, por ele nomeado em cada diocese. Temos um só Credo, uma só Liturgia, e a sucessão apostólica que garante que essa única Igreja veio de Cristo e dos Apóstolos.
Sobre o palavrão escrito em inglês, “fuck the religions”, atacando todas as religiões de modo geral; é preciso dizer que nem todas são iguais. A Igreja católica salvou o Ocidente quando este desabou na mão dos bárbaros germânicos em 476; depois de seis longos séculos a Igreja construiu a mais bela civilização que o mundo já conheceu, eliminando a barbaridade das lutas de gladiadores, os infanticídios e crianças, a elevação do escravo, e chegou a beleza da Cristandade. Nenhuma instituição fez e faz tanta caridade na face da terra como a Igreja Católica. Só um exemplo atual: 25% de todos os centros de atendimentos de aidéticos que há no mundo, são da Igreja Católica.

Foi ela que a partir do século XII implantou as primeiras universidades do mundo Ocidental (Bolonha, Paris – Sorbone, Montepellier, Coimbra, Valladolid, Lisboa, Praga, Oxford, Cambridge, La Sapienza…), foi ela quem desenvolveu a arte, a música, a arquitetura, o direito, a economia, a astronomia, etc., etc., etc.. O cientista que pela primeira vez fez uma transmissão de rádio sem fio foi um padre da Igreja: Pe. Landel de Moura, brasileiro gaúcho, antes mesmo de Marconi. O cientista que descobriu o “Big Bang” é outro padre da Igreja católica, Pe. George Lamaitre, que recebeu um elogio de Albert Einstein por sua descoberta. O cientista que descobriu as leis da genética foi mais um padre da Igreja, Mendel.   Esses exemplos poderiam ser multiplicados e muitos se formos citar os grandes cientistas jesuítas na matemática, física, medicina, álgebra, trigonometria, cálculo diferencial e integral, teologia, música, etc.

Portanto, jogar o nome sagrado da Igreja fundada por Cristo em num “saco de gatos” sem saber discernir uma coisa de outra, é algo ridículo e anti-intelectual. Nem de brincadeira ou por protesto se pode fazer isso. Além do mais a Igreja nada tem contra os homossexuais, os ama como a todos os homens, e afirma no seu Catecismo que a tendência homossexual não é pecado, e sim a prática (cf. §2357). É preciso saber que Cristo ensinou a Igreja a amar todos os pecadores – e Ele deu a vida para salvá-los - mas não pode se calar diante do pecado.

Prof. Felipe Aquino (www.cleofas.com.br)




 

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Querigma - Parte VI



Comunidade Eclesial

 

O Espírito Santo nos anima. Anima a Igreja e a assiste com dons e carismas.   Igreja concebida no coração do Pai desde o principio do tempo, prefigurada no AT pelo povo hebreu peregrino no deserto, nascida do sangue de Jesus no madeiro da cruz e apresentada ao mundo em pentecostes. Igreja santa e pecadora; santa porque assistida pelo Espírito Santo, pecadora porque formada por nós. Sancta Mater Eclesia. Mãe que nos gera para a vida no batismo, nos ensina na evangelização e catequese, nos lava na confissão, nos alimenta na eucaristia, zela por nós na unção dos enfermos, nos abençoa no matrimônio ou na ordenação, nos envia na missão.

Anunciamos o querigma. Kerygma (kerugma) palavra grega que significa anúncio; aqui o primeiro anúncio: nos foi revelado o imenso amor de Deus, fomos apresentados ao grande, único e definitivo Redentor, e nos foi oferecido o Espírito Divino.

Nós cristãos sabemos que a verdade revelada é única e foi consumada em Jesus Cristo. O Novo Testamento é a definitiva aliança de Deus com os homens. É Palavra de Deus e Palavra (assim com letra maiúscula, pois é o próprio Deus que se revela nela, é o Verbo que existe desde sempre e estava presente na criação) é verdade irrefutável. Quem nos atesta esta verdade? A Igreja com sua sabedoria milenar: Bíblia Sagrada, Tradição e Magistério. Bíblia, a Palavra de Deus infundida no coração de escritores inspirados pelo Espírito Santo. Tradição, a divulgação pelos Apóstolos de fatos e acontecimentos que confirmados por inspiração divina, levaram a compilação do novo testamento, pois estes foram escritos dezenas de anos após a crucificação do Senhor. Magistério, a atuação como mestre (Mater et Magistra: mãe e mestra); pelo magistério a Igreja confirma a tradição e faz a correta exegese bíblica.  

Assim sendo, não pode existir cristão avulso, autônomo; não existe católico sem igreja. Não podemos viver o evangelho pleno longe dos outros. Até porque precisamos uns dos outros para nos apoiar, para aprender mais a respeito da Palavra, para nos adestrar na sã doutrina. “Unidos de coração, frequentavam todos os dias o templo. Partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e cativando a simpatia de todo o povo. E o Senhor cada dia ajuntava outros, que estavam a caminho da salvação” (At 2,46-47).

Somos peregrinos nesta terra. Mas não caminhamos sozinhos, não podemos caminhar sozinhos, pois só, erramos o caminho e nos perdemos. O Espírito Santo nos conduz, é verdade, mas ele pede que nos unamos a outros, que caminhemos de mãos dadas: “Se um vem a cair, o outro o levanta. Mas ai do homem solitário; se ele cair não há ninguém para levantá-lo. Se é possível dominar o homem que está sozinho, dois podem resistir ao agressor, e um cordel triplicado não se rompe facilmente” (Ecle 4,9-10.12). 

 

 

sábado, 15 de dezembro de 2012

Querigma - Parte V



O Espírito Santo
Fé seguida de conversão é roteiro seguro para a salvação. Não importa sermos apenas uma plantinha, um arbusto, ou uma grande e frondosa árvore, importa estar no caminho certo. Para estar e permanecer no rumo traçado por Deus em nossa vida é necessário um condutor, uma luz, um amparo, um suporte. E este suporte é o Espírito Santo, o Espírito Divino que nos guia, nos fortalece, nos mostra as minúcias do caminho, conduzindo-nos em segurança, livrando-nos dos riscos de desvios desnecessários e atalhos perigosos. Essa pessoa divina tão pouco conhecida é quem realmente nos convence a buscar a conversão verdadeira e optar pelo seguimento de Jesus. O Espírito Santo nos leva ao Filho, que por sua vez nos apresenta o Pai. Dito de outro modo, Jesus nos dá o Espírito que procede dele próprio e de Deus Pai, para que através desse mesmo Espírito, ele Jesus, nos leve ao Pai. Ninguém vai ao Pai a não ser por Jesus, e ninguém conhece Jesus senão através da ação do Espírito Santo. Ele nos revela sua vontade, ele nos motiva.

O que é o Espírito Santo? Na verdade quem é o Espírito Santo?  O Espírito é uma pessoa divina. É Deus onipresente que habita em nós. Deus que se faz presente em nosso coração, em nossa vida, em todo nosso ser. Santa Edith Stein nos confidencia: “Espírito Santo, mais intimo de mim que eu de eu mesma, mais profundo em mim que o âmago do meu ser”. Assim é o Espírito Santo, infundido em nós no sacramento do batismo, consolidado no crisma e atuante quando da efusão ou batismo no Espírito. O Pai, Aquele que É, é Deus por nós; o Filho Jesus, Emanuel, é Deus conosco; Espírito Santo, o Ruah, é Deus em nós.

A pessoa do Espírito Santo foi pouco conhecida, difundida, até mesmo relegada a segundo plano por longo tempo até o final do século XIX, quando a Beata Elena Guerra começa a divulgá-lo. Por incentivo de Elena o Papa Leão XIII consagra o século XX ao Espírito Santo.

Vinde Espírito Santo, enchei nosso coração com teu fogo abrasador, renovando-nos; enchei nosso coração frio, sem vida com tua ardente chama de amor, aquecendo-nos e reanimando-nos. Vinde Espírito Santo, lançai sobre nós águas puras que sejam refrigério para nossa alma tão inquieta, ardente de desejos pecaminosos; arrefecei nossa concupiscência, extingui em nós a chama das tentações. Vinde Espírito Santo, soprai sobre nós teu hálito puro de amor, seja vento impetuoso a nos impulsionar, ou seja brisa suave a nos afagar. Vinde Espírito Santo, incendiai nossa alma, reinflamai os carismas em nós!



quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Querigma - Parte IV

Fé e Conversão


Jesus se doou numa cruz para nos redimir, cremos nisso. A salvação vem pela fé, porém sabemos que somente a fé em si não é suficiente; se faz necessário que com a fé venha também a conversão. Fé é crer, acreditar mesmo sem ter visto. A fé teologal é acreditar em Deus e crendo, confiar e esperar Nele. Conversão é mudança, de direção, de atitude.  Se cremos que Jesus Cristo morreu por nós e ressuscitou por obra divina, damos um grande, imenso e importantíssimo passo em direção a salvação. Se com isso mudamos nosso jeito de ser, nos tornamos pessoas melhores, pacientes, pacíficos, tolerantes, amáveis, portanto seguidores e imitadores do Cristo, nos colocamos no caminho da salvação; “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” diz Jesus. Prosseguindo: “Quem me segue não andará nas trevas; terá a vida eterna”.

Quando nos convertemos para Deus, convergimos todos para Jesus que é caminho. Caminho onde encontramos a verdade; verdade que nos traz vida. A conversão é consequência da fé, mas também decisão pessoal. Eu creio e a fé me induz a uma mudança, mas eu mudo se quiser, Deus não me obriga. Ele me dá a fé e concede liberdade, portando com a fé eu aprendo e o caminho me é proposto. Cabe a mim numa atitude de amor a Deus e aos irmãos mudar e assumir o Senhorio de Jesus em minha vida. Muitos têm fé e acham que isso basta. Ficam parados esperando as bençãos caírem do céu. Assim, estáticos, veem a graça passar ao largo e ficam e ficam a espera, não dando os passos necessários para alcança-las ou serem alcançados por ela. 

Conversão é mudança de rumo, tomar outro caminho; e para caminhar é preciso dar um passo de cada vez, um atrás do outro. Nossa conversão não se dá como num passe de mágica. Ninguém dorme pecador e acorda santo. Podemos comparar nosso processo de conversão como o crescimento de uma árvore; não plantamos uma semente pela manhã e vemos a árvore frondosa a tarde. É necessário preparar a terra, semear, regar, esperar germinar, brotar, cuidar da planta, vê-la tornar-se um arbusto, crescer, aguardar a floração, frutificar e então colher os frutos ou usufruir da sombra. Isto pode levar meses, anos, décadas até. Assim acontece conosco; nossa conversão é lenta e gradual como o desenvolvimento dessa árvore. Deus prepara nosso coração: a fé. Coloca lá sua semente: a Palavra. Depois é preciso regar, podar, eliminar as pragas, enfim cuidar. A rega e a poda são nossas práticas piedosas: oração, leitura da Palavra, formação doutrinária, participação nos sacramentos; renunciar as tentações, as superstições, as falsas doutrinas para nos livrar das pragas do pecado.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Querigma - Parte III




Jesus Senhor e Salvador
Vimos anteriormente que o salário do pecado é a morte. Sabemos que somos e nos reconhecemos pecadores. Estamos então perdidos? Sofreremos a morte física e pior, a segunda morte, a morte definitiva que é o afastamento eterno de Deus? Pela letra fria da lei, sim. Mas felizmente a justiça de Deus é a misericórdia, não a lei. São Paulo nos adverte: “a consequência do pecado é morte” (cf. Rm 6,23).   São João Evangelista nos conforta: “Deus amou tanto o mundo que deu seu filho único para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus não o enviou para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele” (cf. Jo 3,16s).

Deus na sua infinita misericórdia veio a nós. Na plenitude do tempo o Verbo Eterno se fez carne e veio habitar em meio a nós. E veio com um propósito: nos reconciliar com o Pai, remir toda a humanidade que jazia nas trevas, apagar de nosso coração o pecado, restituir-nos a dignidade de filhos de Deus, vencer a morte. Jesus que pelo sacrifício da cruz nos ofereceu a salvação, pela milagrosa ressurreição nos apresentou a vida eterna e pela sua gloriosa ascensão nos abriu a porta do céu.

Jesus Nosso Senhor e Salvador, prova inconteste do amor imenso do Pai. Eterno, se fez presente em nosso tempo para mudar nossa história; invisível sendo Deus, tornou-se visível na carne; irrepreensível, imaculado, isento de pecado, assumiu o nosso, fazendo-se pecado ao deixar-se pregar na cruz. Por tudo isso temos a ousadia de rezar na Vigília Pascal: Oh feliz culpa de Adão que nos proporcionou tão grande Salvador!   

Jesus é salvador, mas também senhor. Esse senhorio tem que ser assumido para que tenhamos o direito à salvação oferecida. A oferta na cruz só é válida se junto a ela nos submetermos a vontade de Jesus. E sua vontade é que nos tornemos seus imitadores, que nos amemos, que sejamos mansos e humildes de coração, que nos conformemos a Ele, pois seu jugo é leve e suave, pois Ele não é senhor que subjuga na força e violência, mas que nos seduz no amor e doação plena. Jesus doou-se, entregou-se integralmente por nós. Que a recíproca seja verdadeira. Seguir Jesus; seguir Jesus até a cruz se for preciso. Para alcançar a glória Jesus passou pela cruz. Não há Tabor sem Calvário.  

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Querigma - Parte II


Pecado e consequências

Não há amor maior que aquele derramado do alto do céu sobre nós. Por que então às vezes não o sentimos? Porque estamos fechados a ele. Sob um guarda chuva não nos molhamos, mas quando o guarda chuva é fechado debaixo de um aguaceiro ficamos encharcados. Que bom nos encharcarmos do amor de Deus. No entanto, muitos de nós nos deixamos encharcar pelas águas sujas do pecado.

Somos reflexos do Criador. Somos obras primas nascidas do coração perfeito e amoroso do Pai. Porém desobedecemos, fomos renitentes e infiéis; daí nasceu o pecado. Quebramos o espelho e nos tornamos imagens distorcidas, nos desfiguramos; são as consequências do pecado.  O pecado vem quando deixamos de buscar nossa felicidade em Deus e a buscamos nas coisas materiais, quando nossa meta deixa de ser o céu e nos limitamos às coisas terrenas.

O Senhor nos oferece a eternidade, uma vida de delicias infinitas na sua presença. Mas o que fazemos com essa oferta de amor? Desprezamos, simplesmente ignoramos, damos-lhe as costas e mergulhamos num mar imenso, escuro e profundo. Quando viramos as costas para Deus damos de cara com o pecado.

Divagamos, divagamos, mas afinal o que é o pecado? Pecar é errar. Pecar é perder-se no caminho. Pecar é desobedecer. Quando desobedecemos erramos e quando erramos nos desviamos do caminho e nos perdemos. O pecado original não foi comer o fruto, foi o descumprimento da ordem de Deus. Desobedeceram, então pecaram. O ser humano foi criado e colocado no éden para a imortalidade e viver o paraíso celestial aqui na terra. Porém um dia sucumbiu ao pecado e com o pecado veio à dor, a doença, a morte.  O salário do pecado é a morte, nos diz o apóstolo Paulo na carta aos romanos 6,23.  

 

 

sábado, 1 de dezembro de 2012

Querigma - Parte I


Amor do pai
“Quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (cf. 1Jo 4,8). O amor mais que personificado, o amor na essência; assim é Deus. Deus Pai criador de tudo e de todos. O Pai que nos criou no amor, por amor, com amor. Amor infinito e eterno, amor abrangente, transbordante; e fomos criados no transbordamento desse amor, por isso, mais que criaturas somos filhos. Assim temos o direito pleno de chamá-lo de pai. Aquele que É; Abba, Pai!

Esse amor nos é demonstrado no esplendor da criação: numa flor que desabrocha, num sorriso de criança, no sussurro da brisa suave, no farfalhar das folhas num vento mais intenso, no canto dos pássaros, no murmúrio das ondas, nas torrentes impetuosas, na calmaria de um córrego, enfim listaríamos aqui tudo de belo que podemos contemplar na natureza. Nas maravilhas da criação enxergamos Deus e Deus é amor.

Toda essa beleza foi imaginada, planejada, concebida, com um único objetivo, ser oferta de amor à sua obra prima, nós seres humanos. Como tal tudo nos foi dado: “Deus criou o homem à sua imagem; criou homem e mulher e os abençoou; frutificai – disse Ele – e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Deus contemplou toda sua obra e viu que tudo era muito bom” (cf. Gn 1,27-28.31).

Não existe amor maior. Não, não há.